quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Lasar Segall, A Família

"Todas as famílias felizes são parecidas entre si; as infelizes são infelizes cada uma a sua maneira".
Leon Tolstoi

domingo, 5 de fevereiro de 2012


Na crônica de J.J. Camargo, no Caderno Vida, do jornal Zero Hora, ele conta um episódio de sua infância. No final cita uma sábia frase de seu avô que reproduzo aqui:

"Nesta vida, nós estamos sempre morrendo de medo. O que distingue os valentes é que quando sentem medo, eles correm pra frente."

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Frase de Sábado (retirada de texto de J.J. Camargo -ZH - edição de hoje)


"A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta: o que ela quer da gente é coragem"
(Guimarães Rosa)


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos Falar Sobre o Kevin Poster



Tenho lido bons textos sobre o igualmente bom filme "Precisamos falar sobre o Kevin", se precisasse recomendar um, seria o de Paulo Roberto Pires, da Revista Bravo (edição de Fevereiro).
O filme conta a história de uma família, mais precisamente da mãe de um filho que comete um ato bárbaro em sua escola. O filme, bem construído pela sua diretora Lynne Ramsay,  nos leva para o interior de uma problemática desconcertante e nada, nada simples. De um lado, uma mãe (a maravilhosa Tilda Swinton) sem identificação com seu filho e sem conseguir chegar perto da figura materna idealizada; de outro um filho (representado por três ótimos atores) perspicaz do desamor, porém incapaz de superar ou tentar uma alternativa mais feliz.
Uma linha interrompida entre mãe e filho, onde gritam a falta de empatia e de afeto, que marcarão para sempre essa dupla. A mãe, culpada e massacrada; o filho, congelado.
Falou-se muito do iraniano “A Separação”, que é muito interessante, mas quem me pegou de jeito foi “Precisamos falar sobre Kevin”.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Novo ano


Há pessoas que não se deixam mobilizar pela virada do ano, acham que é apenas a continuação do calendário. Elas não estão erradas. Por outro lado, podemos colorir esse momento. Um ano que começa pode ser não apenas a continuidade do tempo, mas um marco para pensar em mudanças e permanências.
Sabemos que toda mudança exige trabalho e quase sempre é árduo. Ter uma dieta mais saudável; se exercitar; mudar ou achar emprego; se relacionar de uma forma mais satisfatória; mudar de casa, de cidade; agir diferente com os filhos, com os pais; economizar; ser menos não sei o quê, ser mais não sei o quê lá. Enfim são muitas as possibilidade de querer fazer diferente, só o que é única é a forma para chegar lá: uma mistura de paciência, persistência, fé e suor.
Já as permanências, à primeira vista, parecem mais fáceis,todavia podemos nos enganar. Sabemos que não basta deixar de qualquer jeito, é preciso esforço também para manter as coisas legais. Sem dúvida, parece menos doloroso esse processo. Cuidar o que está bom e cuidar dói menos, ou melhor, pode nem doer.
Mudar significa desconstruir algo que já está ali, firme e forte; e reconstruir algo diferente. Isso toca em hábitos, crenças, acomodações, adaptações. Claro que ficamos felizes quando o novo se estabelece ou quando estamos quase lá, mas boa parte do caminho é feita de resistência.
Mudar pode ser bom. Não mudar também. Para colocar as coisas em seus devidos lugares, devemos consultar o que desejamos para nós, o que é possível e o que nada tem a ver conosco. Simples assim. Que no novo ano consigamos fazer essa operação com sucesso.



sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Receita de ano novo 


(Carlos Drummond de Andrade)

Para você ganhar belíssimo Ano Novo 
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, 
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido 
(mal vivido talvez ou sem sentido) 
para você ganhar um ano 
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, 
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; 
novo 
até no coração das coisas menos percebidas 
(a começar pelo seu interior) 
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, 
mas com ele se come, se passeia, 
se ama, se compreende, se trabalha, 
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, 
não precisa expedir nem receber mensagens 
(planta recebe mensagens? 
passa telegramas?) 


Não precisa 
fazer lista de boas intenções 
para arquivá-las na gaveta. 
Não precisa chorar arrependido 
pelas besteiras consumidas 
nem parvamente acreditar 
que por decreto de esperança 
a partir de janeiro as coisas mudem 
e seja tudo claridade, recompensa, 
justiça entre os homens e as nações, 
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, 
direitos respeitados, começando 
pelo direito augusto de viver. 


Para ganhar um Ano Novo 
que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano Novo 
cochila e espera desde sempre.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Ruas



As ruas nesses últimos dias parecem um formigueiro. Essa é a primeira imagem que vem a minha cabeça. Formiguinhas caminhando apressadamente até seus objetivos.  
Ontem vi uma moça caminhando com enorme pacote, que pela embalagem é para criança. Vejo pessoas comprando o que podem e o que não podem. Vejo pessoas sendo mais próximas nessa época de ano.
O que poderia parecer falso ou demagógico prefiro pensar que é o famoso espírito natalino habitando. Dezembro mexe com nossas bases. Último mês do ano, lembranças infantis dos natais passados, marketing pesado com Papai Noel por tudo, enfim são várias mobilizações que sofremos nesse mês.
Como afirmei num texto, há pessoas que vibram e há aquelas que se entristecem, o que é difícil é encontrar as que não se deixam abalar de alguma maneira.
Talvez o melhor do Natal seja mesmo essa mobilização, compras de lembrancinhas, cartões e presentes, sem que vire um consumismo barato; encomenda de comidinhas especiais. Essa saída da rotina tradicional ano após ano pode nos renovar, nos preparar para um novo ano que começa.
Mesmo que saibamos que muitas coisas continuam em 2012 também é tempo para pensar em mudança, afinal o calendário muda, começamos o mês 01 do ano, assim é um “plus” para alterar o que não está bom.
Em meios a tantos “ho ho ho” podemos encontrar um objetivo pessoal, só nosso mesmo que dará sentido a todo esse formigueiro que vivemos nesses dias.

Feliz Natal !!!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Dezembro



Dezembro já chegou. Com ele, a sensação do final de uma etapa, mesmo que saibamos que janeiro vai ser uma continuidade, com exceção daqueles que estarão de férias, na praia.
Não adianta, sempre fazemos um balanço no mês de dezembro: o ano foi bom? O que deu certo? O que ainda não deu? O que desejo alterar no próximo ano? Quais serão os novos projetos?
Talvez por isso, que o dezembro possa ser, para muitos de nós, estressante. Não apenas pelo balanço como também pelas festas que se aproximam.
Natal e virada de ano lembram família e união. Aqueles que nunca tiveram uma coisa e nem outra sentem ainda mais nessa época do ano. Aqueles que tiveram e não têm mais igualmente sofrem. Algumas pessoas passam por uma enorme nostalgia e não conseguem se entregar para o atual momento. Como diz o “Rei”, são muitas emoções.
            Para tantos outros, como eu e talvez você, essa época é bacana, mesmo que tenha gente faltando, encontrar vários “bons velhinhos” nos encantam, e as crianças conversando com eles? Simplesmente o máximo!
Todavia, dezembro é um desafio ao consumismo maçante que toma conta da sociedade. Segurar, analisar o que é necessário mesmo e o que é possível são dicas importantes para se dar bem no mês Noel.
Devemos lembrar o desespero por vender não significa que devemos nos desesperar para comprar. Comércio é uma coisa, clima de Natal é outra.
Mês para comemorar e desejar melhorar sempre, afinal nunca estamos prontos.