Há pessoas que não se deixam mobilizar pela virada do ano, acham que é apenas a continuação do calendário. Elas não estão erradas. Por outro lado, podemos colorir esse momento. Um ano que começa pode ser não apenas a continuidade do tempo, mas um marco para pensar em mudanças e permanências.
Sabemos que toda mudança exige trabalho e quase sempre é árduo. Ter uma dieta mais saudável; se exercitar; mudar ou achar emprego; se relacionar de uma forma mais satisfatória; mudar de casa, de cidade; agir diferente com os filhos, com os pais; economizar; ser menos não sei o quê, ser mais não sei o quê lá. Enfim são muitas as possibilidade de querer fazer diferente, só o que é única é a forma para chegar lá: uma mistura de paciência, persistência, fé e suor.
Já as permanências, à primeira vista, parecem mais fáceis,todavia podemos nos enganar. Sabemos que não basta deixar de qualquer jeito, é preciso esforço também para manter as coisas legais. Sem dúvida, parece menos doloroso esse processo. Cuidar o que está bom e cuidar dói menos, ou melhor, pode nem doer.
Mudar significa desconstruir algo que já está ali, firme e forte; e reconstruir algo diferente. Isso toca em hábitos, crenças, acomodações, adaptações. Claro que ficamos felizes quando o novo se estabelece ou quando estamos quase lá, mas boa parte do caminho é feita de resistência.
Mudar pode ser bom. Não mudar também. Para colocar as coisas em seus devidos lugares, devemos consultar o que desejamos para nós, o que é possível e o que nada tem a ver conosco. Simples assim. Que no novo ano consigamos fazer essa operação com sucesso.