segunda-feira, 18 de abril de 2011

Desarmamento, de novo?

Charge do cartunista Iotti, Zero Hora Abril 2011


Após a tragédia da escola carioca, alguns formadores de opinião ressuscitaram a polêmica do desarmamento, isto é, que tirar as armas legalizadas das ruas seria a solução para que catástrofes como a de Realengo não se repitam.
Não entendi. Sinceramente, não compreendi a lógica. Houve um plebiscito em 2005, você lembra? Decidiu-se que o cidadão que tivesse interesse em ter uma arma, tiraria a licença e tudo ok.
Agora querem fazer isso de novo? Colocar o povo para votar em algo já votado há poucos anos, além disso, gastos e gastos para o que já foi decidido? Não entendo.
Não tenho qualquer familiaridade com armas, deixo claro, só acho uma ideia estapafúrdia levantar tal questão. Afinal, os bandidos continuarão a ter armas, rapazes transtornados, como o assassino do Realengo, continuarão comprando armas no mercado negro, então para quê toda essa função com o desarmamento?
Pergunto-me se não seria mais sensato e mais inteligente combater de forma séria, de verdade, o tráfico de armas e as vendas ilegais. Isso não parece mais racional?
Creio que nossos políticos poderiam ser mais competentes em suas ideias e encarar que o desafio é grande mesmo. É muito fácil bater nas casas dos cidadãos que pagam seus impostos e tirar suas licenças, suas armas que visam à defesa (eu sei, às vezes isso pode acabar mal, mas a princípio é só para defesa). Difícil mesmo é ir atrás dos criminosos e dos “grandes” envolvidos nas armas ilegais, isso sim seria muito corajoso. E coragem não se encontra facilmente.

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