sábado, 9 de abril de 2011

Dor que não encontra palavras

Os vasos de flores: um para cada criança morta
Foto: Aline Custódio


O que aconteceu na manhã de quinta-feira, na escola em Realengo, no Rio é algo que a língua não abarca. Não há palavras que consigam traduzir de forma fiel essa dor. Dor em diferentes gradações. A minha é completamente diferente da dor dos familiares de Luiza, Karine, Larissa, Rafael, Samira, Mariana, Ana Carolina, Bianca, Géssica, Laryssa, Milena e Igor, que foram assassinados na Escola Municipal Tasso da Silveira. Assim como das famílias dos dez feridos e dos demais alunos que viveram tal trauma. Mas igualmente sofremos, ficamos tristes e chocados.
Crianças inocentes, em salas de aula foram baleadas, feridas ou assassinadas. As que nada sofreram fisicamente tiveram seu psiquismo atingido.
O tempo será um aliado para curar feridas e dar um sentido para todo esse sofrimento. Tarefa difícil, porém possível.
O que falar nesta hora? Como disse, a língua portuguesa e qualquer outra não possuem em seus vocabulários palavras capazes de expressar tamanho impacto. 

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