domingo, 23 de outubro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

COPA 2014



Ai, vou falar, ou melhor, escrever. Estou com certa antipatia com a COPA 2014. Começa com minhas dúvidas sobre a honestidade nas obras que estão sendo feitas. A ideia de que muita gente está colocando dinheiro indevido no bolso, me incomoda. Depois, a questão de que o Brasil cheio de problemas sociais, e graves, investindo um monte de dinheiro nisso. Eu sei que dará retorno para muitos setores da sociedade, que dará melhor visibilidade ao país, que esporte é uma alternativa para fugir de mazelas, mas aquela pessoa deitada na rua, que mora numa marquise não sai da minha cabeça. Também me lembro de pessoas que morrem na fila de espera de leito em hospital ou cirurgia.
Tenho certeza que à medida que as obras forem concluídas, que tudo estiver “ajeitado” e a mídia nos inundar de jingles verde e amarelo, entrarei no clima e torcerei pela seleção brasileira. Além do mais, gosto muito do Mano.
Todavia nesse momento, estou meio desconfiada de tudo. Ainda por cima, há esse “grenal do cimento”, quando estupidamente Inter e Grêmio se engalfinham ao invés de se unirem por Porto Alegre, pelo estado.
Minha torcida está tímida, mas tem boa índole. Desejo que tudo dê certo. Que a COPA 2014 nos proporcione não apenas a taça de (hexa)campeão, mas o respeito com o dinheiro público.

Sustos



Fiquei espantada com a inquietação, usando um eufemismo, das fãs brasileiras (as de outras nacionalidades devem se comportar igual) de Justin Bieber. Em uma reportagem de um telejornal gaúcho, o repórter mal conseguiu se manifestar: elas gritavam, pulavam, entre faixas e pôsteres. Claro que relativizo tudo isso, afinal são pré-adolescentes e adolescentes em fase de ebulição, como se diz, além de ser uma fase da vida marcada por idealizações e idolatrias.
Surpreendo-me com outra manifestação fanática na edição de hoje de um telejornal. Houve show de Julio Iglesias, em Porto Alegre, e pasmem: as mesmas fãs de Justin estavam lá, porém mais maduras, menos “histéricas”, porém com a mesma “paixão”. Inicialmente fiquei meio impactada, afinal é uma reação um tanto infantil, não?
Idolatrar é importante numa época da vida. Depois, se cresce e se percebe que aquele ídolo é um reles mortal, mesmo que nos mobilize admiração. Nossa reação, que no início é tão forte que não conseguimos segurar em nós, vaza através de gritos e pulos, com o tempo, passa a ganhar mais controle e mais bom senso.
É isso que acho que é o “caminho do crescimento”, mas depois do que assisti hoje, com as fãs de J.Iglesias, sinceramente, acho que estou enganada.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O que aprendemos com elas


Aprendemos com elas que cair faz parte. As quedas não nos impedem de chegar onde efetivamente queremos estar. Aprendemos com elas que podemos ser surpreendidos no cotidiano, se nos permitirmos ver o novo nas pequenas coisas. Aprendemos com elas que não há nada melhor para ouvir que uma gargalhada sincera, como a delas. Aprendemos que não precisamos de grandes coisas para dar sentido à vida, são as singelas as que mais nos fazem falta em momentos difíceis. Aprendemos com elas que aprender pode ser prazeroso. Aprendemos com elas que viver poder ser muito mais simples, que complicamos muito. Aprendemos com elas que amar e interagir nos faz vivos, e não sobreviventes. Aprendemos com elas que brincar não é parte só da infância. Aprendemos com elas que nunca estamos prontos, talvez um pouco mais a frente que elas na caminhada. Feliz dia das crianças a todas que nos rodeiam e um afago àquela que reside em cada um de nós.




domingo, 9 de outubro de 2011

Aborto, Palmada e Presídio, ou talvez, o descaso com mulheres e crianças



Uma amiga comentou comigo sobre um compartilhamento que ela e eu fizemos no Facebook sobre aborto. Na verdade, se trata de um texto de Drauzio Varella, no qual ele afirma que a questão do aborto é complexa e que nada justifica o sofrimento de milhares de mulheres que fazem essa prática sem quaisquer condições mínimas de segurança.
O que impulsionou o comentário da minha amiga foi o fato de ninguém ou quase isso ter “curtido” ou ter feito um comentário no Facebook, como se ninguém se importasse ou não quisesse se meter nesse conflito.
Nem havia me dado conta, porém após nossa conversa, refleti o quanto questões morais e religiosas tornam muitas das nossas decisões hipócritas. Com isso, não quero dizer que aborto é algo muito simples, nada disso, mas temos que encarar os fatos como são e não como deveriam ser.
Mesmo que tenhamos grupos a favor e contra, e todos têm o direito de ter e manter suas opiniões, a questão é que o aborto é praticado frequentemente. Os números assustam, mais ainda quando nos deparamos como as formas com que eles ocorrem. Então, talvez seja mais sensato padronizar tudo isso, deixar a demagogia, o discurso politicamente correto deixar de lado.
Outra coisa que lembrei: na segunda passada, assisti no canal Globo News, uma conversa com a relatora do projeto de lei da palmadinha (lembram?). Sou contra a palmada, já disse isso aqui, não compreendo de que maneira isso possa ensinar algo, mas também questiono o Estado intervir dessa maneira na educação das crianças.
Mas nem é disso que falo agora. Estamos com centenas de problemas em nosso país, e muitos tem a ver com as nossas crianças, e aí vem a história desse projeto? Será que não há coisas mais graves e urgentes a tratar? Crianças dependentes químicas, em abrigos à espera do demorado processo de adoção, crianças sendo torturadas e espancadas, crianças se prostituindo, sendo usadas e vendidas por seus pais e aí a Lei da Palmada vira discussão parlamentar?
A relatora confrontada pelo psicanalista diz que o Estado não intervirá como se pensa, que a ideia é incentivar professores para campanhas, que as escolas participem. As escolas mal conseguem lidar com o bullying e querem colocar mais essa função?
Sabemos que as escolas são muitas vezes as denunciantes dos maus tratos, isso já é sabido, há o ECA, enfim não precisamos mais de lero-lero, necessitamos de eficiência nos projetos. Eu não sei que realidade os nossos parlamentares falam, sinceramente não sei a quem enganam falando de coisas ideais e utópicas, quando as coisas do nosso cotidiano vão de mal a pior.
Para completar sobre mulheres e crianças. Somo a isso uma parte do programa A Liga que assisti, semanas atrás, sobre mulheres presidiárias que estão com seus bebês em péssimas condições de higiene, sem qualquer dignidade.
As crianças quando completam seis meses são tiradas dela, dadas aos familiares, se eles aceitarem ou para adoção, no caso de negativa. Como isso é feito? De que maneira o Estado poderia lidar melhor com essa situação? E as condições do sistema penitenciário?
Não estamos na Dinamarca nem na Suécia para ficarmos discutindo coisas que já estão decididas (no caso, no ECA, sobre a violência contra crianças). Precisamos ir ao centro dos problemas, chega de ficarmos na periferia. Precisamos de dedicação para efetivamente colocar em prática o que já está em papel e para criar, de verdade, possibilidades para questões que nem no papel ganharam espaço. Mas para isso necessitamos de pessoas que não se deixam levar pelas bancadas conservadoras nem pelos votos. E para isso, há de ter coragem. Você vê muito dela por aí? Eu, não.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Um luto




Hoje a noite foi invadida com uma triste notícia: a morte de Steve Jobs, 56 anos.
Não sou especialista em tecnologia, aliás engatinho nessa área, mas não preciso ser uma expert para compreender a genialidade de Jobs e o quanto ele foi crucial para as tecnologias da comunicação.
Morre um homem notável, empreendedor, visionário e criativo.
É uma lástima que a eternidade não exista, ainda mais para as pessoas geniais.

Abaixo um discurso de aplaudir em pé:
http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/em-video-ensinamentos-de-steve-jobs-a-formandos-de-stanford