quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A inversão das coisas



Uma coisa que não era para ser séria, foi considerada como. Uma coisa que era para ser séria, virou o ridículo. Falo de duas situações que ocuparam espaço na mídia.
A primeira sobre a piada de mau gosto de Rafinha Bastos sobre aquela cantora gestante. A segunda, a revolta sem qualquer fundamento de alguns estudantes da USP.
Vamos ao primeiro caso? O CQC é um programa de humor, que brinca, com seriedade muitas vezes, com muitos aspectos difíceis da nossa realidade. Cito como exemplo, quando um repórter do programa está em Brasília.
Por outro lado, há dezenas de piadas, em cada programa, que são exageros, que têm a razão de causar impacto. Devem ser levadas a sério? Acredito que não. São bobagens.
Foi o que aconteceu, em minha opinião quando o Rafinha Bastos fez a piada sobre a cantora. Piada de muito mau gosto, concordo! Discordo de seu afastamento, discordo de uma ação contra o apresentador. Fiquei boquiaberta com a atitude da emissora, não tanto com a da cantora, afinal ela se sentiu agredida.
A emissora agiu de forma questionável e fiquei decepcionada, afinal o CQC diferia de muitos programas semelhantes, justamente pelo seu ar vanguarda, tirar o Rafinha foi muito reacionário.
O segundo caso: estudantes da USP protestam contra PM no campus. Detalhe: isso ocorreu após a ação policial contra maconheiros na universidade. Para tudo! Fumar maconha agora é legal? Os policiais agiram equivocadamente? O que esses estudantes têm na cabeça, além de THC?
Era para ser sério o fato de estudantes fumarem maconha na universidade. Isso não pode, a Constituição diz. Mas o que aconteceu? Os maconheiros se sentiram “reprimidos”, reuniram colegas e decidiram invadir a universidade, depreda-la, jurando que tinha uma causa legítima! Era só o que faltava!
Como disse no início, a piada virou coisa séria e a coisa séria virou piada! 

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