A principal manchete do jornal Zero Hora de hoje é o gasto mensal, R$ 9.400,00, com cada adolescente infrator na Fase. A presidente da instituição, Joelza Andrade Pires, diz em entrevista que acredita que esse custo alto seja resultado de nenhuma atenção à primeira infância dos jovens infratores.
Aí que entra meu assunto. No dia 23 de novembro se comemora o Dia do Bebê. Nosso estado é o único no país a ter esse dia especial.
A primeira infância abrange do nascimento até os seis anos de idade. Nessa fase, nos primeiros meses de vida, a criança, mesmo sem a linguagem, aprende a se relacionar, a lidar com suas angústias (sim, os bebês têm angústias!). Dessa maneira, o “gute-gute” desses primeiros anos é a parte dessa época, não o todo. Há muitos desafios para o bebê e os resultados desses marcarão sua existência.
Claro que há chances de mudanças ao longo de toda a vida para quase todas as dificuldades. Há situações, infelizmente, que não se pode pensar em "cura". Por isso, investir na primeira infância é uma estratégia muito inteligente e eficaz. Porém não tão fácil. É preciso dinheiro e gerenciamento para haver pessoas especializadas para atender as crianças e suas famílias. É necessária uma rede que trabalhe junto para executar os projetos.
O primeiro passo é a conscientização. Nossos governantes precisam compreender isso, de verdade. Para que logo, se faça a movimentação necessária para que a prevenção seja efetuada. É um caminho espinhoso, se sabe disso, porém se não tomado ficaremos para sempre no “blá blá blá”, tentando remediar, corrigir, fazer diferente num momento bem mais difícil.
Fazer diferente com as crianças é mais fácil, esperançoso e barato. Por que não refletir sobre isso, de fato, no mês que o Estado homenageia o bebê?
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