É quase tudo verdade o que falam sobre o tempo inglês. Cidades com flores por todos os lados mereceriam um céu mais azul. Felizmente, nos últimos dias, os primeiros do outono, ele está muito azul e com um sol aberto.
Falemos do verão que em quase nada lembra o do Brasil. Faz friozinho, o mais comum é você sair com manga curta com um casaquinho a tiracolo. O vento dançarino pode irritar e causa arrepio se o vivente não está com a roupa adequada. O sol, nesta estação, nasce cedo, pelas quatro e meia da manhã; porém, isso não significa sua estadia o dia inteiro. O mais comum, segundo meu testemunho, era por volta do meio-dia as nuvens tomarem conta e, quem sabe, saírem para passear por outras bandas, quase no fim da tarde, onde o sol retorna para alegria de todos e segue até por volta das 22 horas.
Fascinante o amor que os ingleses têm pelo sol. Talvez pela “sina” do país em ter tantas nuvens no céu. Eles comem no sol, lêem no sol, conversam no sol. Se você entra em um ônibus e quer sombra e não sabe qual o lado certo para sentar, não se preocupe, procure o lado com menos gente, provavelmente será este. Os ingleses estarão do outro lado.
Conhecer uma praia inglesa no verão é muito interessante. O cenário, reconheço, é de filme, o cais, os pássaros, os sons. Tudo pode ser muito romântico, inclusive a temperatura e o vento que fazem você desejar estar em uma casa à beira-mar, muito bem acompanhada, com uma manta ou um foguinho na lareira, um cálice de vinho vislumbrando o mar.
Claro que estas palavras vêm de quem sente muito frio e de quem vem de um país com calor tropical. As inglesas vestem biquínis, apesar de haver poucas pessoas na praia. Soube que a temperatura da água é polar.
De qualquer forma, enquanto eu estava quase tremendo de frio, agarrada em meu casaquinho, passava por mim uma nativa com vestidinho, sandália e que poderia até estar, tomando sorvete!
Falo do tempo, que deixou de ser um assunto para quando não se tem assunto e que, para mim, ganhou um status de maior respeito, com espaço exclusivo no horário nobre. Tornou-se uma importante ferramenta para sabermos o que vestir ou o que colocar na mala. Além disso, é um lugar-comum que une as mais diferentes pessoas.
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