sexta-feira, 17 de junho de 2011

Paradoxos


Os assuntos que têm a ver com ganhos financeiros me inquietam. Não sou dessas que minimizam isso, como se o dinheiro não fosse importante. Claro que é. Precisamos dele para comer, vestir roupas, ter luz, água, telefone, internet, cultura, higiene, saúde, educação, segurança, transporte, enfim estamos pagando por alguma coisa o tempo inteiro!
Mas sou contra supervalorizá-lo. Passar por cima da ética, do outro, da sensatez para ter mais grana no bolso. Faço cara suspeita quando aparecem nas pesquisas medidas de ganhos na vida dos brasileiros apontando somente o consumo. Claro que reconheço o fato de mais pessoas terem telefone celular, por exemplo, ou conseguirem a casa própria. Lógico que percebo essa conquista, mas me questiono sobre a educação e a saúde, para citar dois setores básicos insuficientes que temos no nosso país. Estamos com várias sacolas de compras na mão, todavia não conseguimos marcar uma cirurgia pelo SUS com menos de seis meses de espera.
Além disso, precisamos ficar atentos para não cair na rede do consumismo que coloca holofotes no ter, enquanto o ser se torna cada vez mais atrofiado.
Como disse, não ignoro o valor do material, do conforto que o dinheiro pode proporcionar, mas precisamos do pacote todo. Como já diziam os Titãs, não basta comida também precisamos de balé.

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