domingo, 7 de agosto de 2011

IDEB na escola

Modelo de uma placa (Projeto IDEB na Escola)


Escrevo esse texto após ler a última coluna de Gustavo Ioschpe, na revista Veja. Há poucos meses ele começou uma campanha que visa à nota do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) estar à mostra nas portas das escolas. O que é exatamente o Ideb? Busco no site do projeto a resposta e a reproduzo aqui: “é um indicador da qualidade da educação de toda escola pública brasileira, medido pelo Ministério da Educação (MEC) no 5º e 9º anos do Ensino Fundamental (antigas 4ª e 8ª séries). Sua escala vai de 0 a 10, e a “nota” de cada escola é o resultado do cruzamento de duas variáveis: a aprendizagem dos alunos, medida por um teste chamado Prova Brasil, e a taxa de aprovação da escola”.
Há um descompasso entre as notas do Ideb e a pontuação, feita por pesquisa pelo MEC, que os pais deram à educação de seus filhos. Isso parece mostrar que os pais responsabilizam principalmente seus filhos pela não-aprendizagem ou repetência e pouco questionam o sistema educacional.
Não estou aqui para culpar as escolas e redimir alunos e pais. Escrevo esse texto para salientar o quanto o problema é complexo e precisa ser examinado com seriedade pelas pessoas capazes.
Como não sou especialista no assunto, falo como alguém da sociedade  que observa os comportamentos de professores, diretores, alunos e pais; e as representações que muitas dessas pessoas têm da educação, do papel “professoral”, da influência de más condições de vida na aprendizagem e da família no contexto escolar.
O projeto “IDEB nas escolas” talvez seja um instrumento para reconhecer quem está fazendo devidamente seu papel, ou seja, aqueles ótimos educadores que mesmo nadando contra a maré conseguem ter êxito em seu papel. E, claro, além disso, apontar as falhas do sistema e quem sabe, a partir delas, as soluções sejam criadas.
Não é novidade que a educação de qualidade é a base para uma sociedade mais igualitária e lúcida. A questão é que o como se faz isso está patinando há décadas. Os bons profissionais se veem desestimulados e os maus seguem alimentando negativamente nosso fracasso educacional.
O projeto não é o fim do caos, mas é uma alternativa para clarear as coisas. Esse pode ser um primeiro passo de centenas.

Endereço do site do projeto:
Endereço do texto de G.Ioschpe:
Se você quer saber as notas do IDEB:

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