terça-feira, 2 de agosto de 2011

O táxi, um assunto e a chuva



Ontem, em Porto Alegre, peguei um táxi na rodoviária. O tempo estava chuvoso e o trânsito aparentava ter engarrafamento. Meu primeiro comentário após dizer o meu destino foi “que tempinho”. Tive como resposta, em tom mal humorado: “se está chovendo, reclamam, se não chove, reclamam, se está frio reclamam e se está calor também”.
Fiquei pensando naquela resposta, imaginei que o motorista deve ter ficado incomodado porque até chegarmos no meu destino encontraríamos engarrafamento. Aliás, suponho que toda POA fique engarrafa com a chuva...
Aí retruquei: “acho que reclamamos porque moramos em um estado com um clima ruim, de extremos”. Afinal, no calor a umidade deixa a sensação térmica terrível, igualmente no inverno ela também nos deixa quase congelando. Além disso, estava um vendaval na capital gaúcha.
Não moramos em lugares com clima ameno, meio outono meio primavera. Temos alguns dias assim, o que ótimo, mas a regra é o extremo. Mais do que isso, e não falei para o taxista: é um hábito falar do tempo. Virou assunto institucionalizado. É uma maneira de nos aproximarmos das pessoas, uma forma que encontramos de ter um assunto em comum. Quando não nos deparamos com alguém aborrecido.

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