Estamos na semana da abertura da Copa do Mundo. Não há momento igual como esse, em vários sentidos. Nenhum outro acontecimento mobiliza tanto o orgulho de ser brasileiro como esse.
Não é difícil de entender, afinal, somos o único país penta, nossa autoestima infla e transborda a cada quatro anos. Precisamos compensar todo o sentimento de inferioridade que sentimos. Envergonhamos-nos da miséria, da corrupção, do jeitinho malandro, no fundo não queremos ser somente o país do carnaval, do samba no pé e da bola no gol. Queremos mais, muito mais.
No momento da Copa em que somos os protagonistas, estufamos o peito e desejamos não apenas o hexa, mas tudo que um povo quer: educação, saúde, qualidade em todos os serviços, enfim, queremos viver melhor. Está bem, talvez uns pensem só no futebol...
O que podemos observar nesse momento tão bacana é o quanto temos orgulho da nossa seleção, do quanto acreditamos em nós quando pensamos em futebol. Muito diferente quando pensamos na política (esse também é um ano de eleições!), a confiança cai e ficamos desesperançados. Seria a solução colocarmos jogadores de futebol como opções de urna? Não, não. A seleção tem a nossa confiança, porque mostrou serviço. Mesmo que não sejam apenas conquistas, acreditamos na garra dos garotos que vestem a camisa verde e amarela.
Que confiança temos nos governantes de terno e gravata? Nenhuma! Ou pouca, para não ser tão pessimista. Fazemos cara feia para os fiascos de Brasília, com o descaso na saúde, na educação, nas estradas, nos crimes de caixa dois, três, quatro! Ficamos frustrados com tudo que está errado.
Queria poder ver bandeiras do nosso país não apenas em época de Copa; queria poder ver o Brasil e o brasileiro ser motivo de orgulho para todos nós, não apenas quando pensamos no futebol.
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