Ozkan Deligoz 123RF
Neste último feriadão estive em um congresso. Para ir até ele precisei pegar um ônibus e posteriormente um avião. Enfim estaria no meu destino final. Apesar do atraso do voo de ida em uma hora, tudo mais foi tranquilo. Temia afinal nossos aeroportos, como bem sabemos estão longe do ideal e sendo feriadão, a possibilidade de estresse não era tão distante da realidade.
Não foi para comemorar o sucesso de ida e vinda de viagem que escrevo, mas sim para fazer um comentário que acredito ainda não ter feito aqui. Há várias coisas que podem nos irritar, seja porque estamos na TPM ou em um mau dia, seja porque a coisa é chata mesmo. E é de uma delas que falo.
Você está no ônibus, a viagem dura 3h15min, você está perto da rodoviária, uns três ou quatro superansiosos começam a levantar, pegar sua bolsa de mão e ficam em pé, como se esse movimento fizesse o motorista pisar mais fundo no pedal.
Lógico que dentre tantos casos há aqueles legítimos, em que a pessoa está atrasada para uma consulta médica ou uma entrevista de emprego, mas na maioria das vezes é pura ansiedade que gera incômodo para quem ocupa as primeiras poltronas do veículo.
A mesma coisa acontece, pasmem, no avião. A viagem pode durar uma hora e pouco, não adianta, as criaturas se espremem no estreito corredor da aeronave.
A primeira vez que me deparei com essa “impaciência impulsiva” no avião foi até engraçado. Enquanto ficava pasma com as pessoas levantando das poltronas enquanto o aeroplano ainda manobrava na pista, após a aterrissagem, em um movimento do piloto, as pessoas em pé quase perderam o equilíbrio. Não caíram, ainda bem, minha crueldade não chega a esse ponto, porém confesso que ri discretamente daquele jogo de corpo buscando a posição ereta e quem sabe, se dando conta da falta de bom senso.
Para quê tanta pressa? Como disse, há casos em que a pressa é urgente sim, mas em outras é apenas uma pressa por hábito, quando o estar correndo serve de desculpa para não esperar a sua hora e respeitar a hora do outro.
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