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O grande desafio de quem gosta de livros é encontrar tempo para lê-los. Meu desejo por ter cada livro que me captura é controlado (ainda bem!) pela realidade do meu bolso porque a linearidade do tempo, ignoro.
Como as coisas e as pessoas mudam o tempo inteiro, em grandes ou pequenas proporções, mudei também. De uns tempos para cá comecei a refletir sobre o quando o dito cujo seria lido, se teria espaço em minha escala de leituras necessárias e desnecessárias. Essa reflexão me fez economizar vários “tostões” e também curtas frustrações por ver o livro ainda “virgem”.
Não adianta, volta e meia venho com o assunto tempo. Para mim e para tantos outros, esse é o enigma do século. Como manejar o tempo que se tornou tão curto? Como nossa subjetividade atende a tantas demandas?
Reparei que para quase todo mundo acontece a seguinte operação: algumas coisas se arrastam, por exemplo, comprar um móvel para casa ou arrumar um armário; enquanto outras são resolvidas de forma rápida, por exemplo, comprar um móvel para casa ou arrumar um armário.
Não, não digitei errado. Não é pegadinha. Não há regra para o que é resolvido rápido ou lentamente. Depende de cada um de nós, de nossas dificuldades, como se diz: depende onde o sapato aperta.
O problema em si não é a velocidade em que as coisas são processadas, mas como nos comportamos frente ao processo, seja ele frustrado ou com sucesso. Além de aprendermos a lidar com 24 horas mais breves precisamos aprender a aceitar que não podemos fazer tudo. Não podemos ler todos os livros que nos interessam.
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