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Ontem na página Almanaque Gaúcho, de Olyr Zavaschi, do jornal Zero Hora, li frases que decidi reproduzir aqui. Elas foram retiradas de duas fontes, entre as décadas de 1940-60, e nos fazem pensar no papel feminino da época. E de quebra, fazer um paralelo com a atualidade.
“Não se deve irritar o homem com ciúme e dúvidas.” (Jornal das Moças, 1957)
“Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto.” (Revista Claudia, 1962)
“A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa.” (Jornal das Moças, 1945)
“A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, nada de incomodá-lo com serviços domésticos.” (Jornal das Moças, 1959)
“A esposa deve vestir-se depois de casada com a mesma elegância de solteira, pois é preciso lembrar-se de que a caça já foi feita, mas é preciso mantê-la bem presa.” (Jornal das Moças, 1955)
Apesar de não lermos em revista nenhuma nos dias de hoje coisas como essas, podemos pensar se ainda há resquícios de tais ideias, se elas são ditas sutilmente, consideradas ainda como “verdades”. Será?
De qualquer maneira, precisamos fazer um agradecimento silencioso e respeitoso às mulheres que lutaram por nossos direitos, tanto os políticos como os privados, nos livrando assim, de “recomendações” como essas citadas acima. Se ainda há restos, acredito que a desconstrução começada com o movimento feminista continua.
Adorei seu comentario ao final mas e quanto a nao irritar o homem com ciúmes e duvidas, eu gostei.
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