sábado, 4 de dezembro de 2010

Cinema em Pelotas: algumas considerações



Se há vários aspectos positivos em viver em uma cidade de médio porte, há também, claro, o lado negativo. Morar em uma cidade de aproximadamente 300 mil habitantes pode ser vantajoso porque a violência não é tão terrível, dependendo do que você faz é bem possível almoçar em casa, não há longos engarrafamentos e o custo de vida é mais baixo, comparando com grandes cidades.
Por outro lado, há as desvantagens. As opções em diversos setores são menores, inclusive nos programas culturais. Ultimamente em Pelotas vários shows e algumas peças de teatro têm estado na cidade fazendo de nós, os moradores, mais saciados.
Infelizmente, o cinema nem sempre corresponde às expectativas. Há semanas os mesmos filmes em cartaz, voltados para o público teen e infantil. Filme de qualidade para nós, adultos, sobra apenas o já visto “Tropa de Elite II”.
Uma produção menos comercial nem pensar. Leio no jornal a seleção de filmes em cartaz em Porto Alegre com olhos que misturam inveja e melancolia. O mesmo acontece quando vou ao cinema. Sala de qualidade? Não, ainda não há aqui. Infelizmente.
Juro que faço essa crítica com medo: já pensou se as três salas de cinema existentes aqui fecham suas portas? Morrerei de tristeza. Enquanto elas estão lá continuo com minha esperança de encontrar uma sala limpa, com ar-condicionado adequado e um excelente lançamento na grande tela.

Um comentário:

  1. Para quem quer ver cinema comercial, uma excursão especial a Porto Alegre é a grande opção, como faz quem gosta de ópera ou megashows. Fica a esperança de um shopping com cinema, prometido para o ano do bicentenário, 2012. Ali teremos os mesmos lançamentos que temos hoje, com mais espaço e mais pipocas.

    Para quem prefere o cinema mais artístico ou "de autor", há 3 ciclos com sessões semanais na UFPel (História da Arte, Filosofia e Política, Animação) e 2 cineclubes com debates (Zero 3, e Fanopeia).

    Podemos também criar nosso próprio cineclube e escolher filmes numa sala a ser conseguida. Seria uma iniciativa cultural que qualquer cidadão pode gestionar, em vez de ficar protestando. Vale aqui a liberdade de empresa, no sentido mais amplo. Quem não tem cão caça "como gato" (com as próprias unhas).

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