Foto: Augusto Gomes (IG São Paulo)
O cross-dressing não é um hábito da contemporaneidade. A revista Veja dessa semana traz uma reportagem a respeito e nela há informação de quem seria o primeiro cross-dresser: Monsieur d’Eon, um espadachim e espião do rei Luís XV.
O que eleva a incompreensão de muitas pessoas é o fato de um cross-dresser não ter qualquer desejo em trocar de sexo, fazer uma cirurgia. Ele deseja apenas se vestir conforme o outro gênero.
Socialmente entende-se a sexualidade como algo fixo e objetivo. Então, o fato de, por exemplo, um homem, com seus aspectos biológicos e heterossexual, querer se vestir de mulher não é compreendido por bastante gente.
O que facilmente pode acabar em preconceito, infelizmente. Afinal, este é consequência de desconhecimento e do apego a verdades absolutas.
Se algumas pessoas conseguissem entender que a sexualidade é algo muito mais delicado e complexo do que separar em uma linha imaginária “homens” de um lado e “mulheres” de outro, não haveria tanta intolerância aos ditos “diferentes”. E crimes homofóbicos, por exemplo, como esses que ocorreram, na Avenida Paulista, nos últimos meses, deixariam de existir.
Entrevista com Laerte:
P.S.:
Quando li entrevistas de Laerte, me lembrei de um filme bem interessante que vi há anos, com Tom Wilkinson e Jessica Lange, intitulado “Normal”. O enredo é o seguinte: depois de décadas de casamento o personagem de Wilkinson decide expressar sua vontade de se vestir como mulher, e diferentemente dos cross-dressers, fazer cirurgia para a troca de sexo, o que causa um choque no seu casamento. Ele não deseja divórcio, ele quer permanecer com sua esposa, porém como mulher. O filme mostra o quanto o campo da sexualidade pode ser desafiador.
Para ver mais: http://www.imdb.com/title/tt0338290/
Sobre Cross-dressing:
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