quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Encontrando as palavras



 Minha sobrinha de 5 anos está começando a ler e me emociono em ser testemunha disso. O “nh” e o acento agudo, por exemplo, não são naturais para ela como é para nós, adultos.
A leitura é meio que tateada, feita com cuidado e desconfiança. Busca o olhar do outro para confirmar seus acertos ou o socorro aos seus erros. As palavras já familiarizadas são lidas com desenvoltura e servem de estímulo para continuar o desbravamento.
Esquecemos do quanto aprendemos, de quantos desafios precisamos enfrentar até chegar à alfabetização, ao conhecimento maior do mundo e de como as coisas funcionam.
Nas cabecinhas infantis a vida é simples muitas vezes, seu cotidiano é seu mundo, todavia em outras questões, tudo parece complexo demais. As crianças são invadidas por sentimentos e sensações que nem sempre sabem identificar, e talvez seja essa parte a maior complexidade.
Nesses confusos e “normais” sentimentos há o desejo de independência, de conhecer, de avançar em novos percursos e aí a aquisição da leitura acaba sendo um passo fascinante. A busca por interação, diversão e decodificação de mundo encontra eco na leitura.
Junto a esse processo de leitura está a escrita, que gera em nós, adultos que rodeiam os pequenos, instantes de riso e orgulho, que contarei em outro texto.


2 comentários:

  1. OLÁ LIANA.

    QUE TEXTO LEGAL.

    NÃO CONHECIA O SEU BLOG E GARANTO QUE VOLTAREI, MAIS VEZES.

    E SE ME PERMITIR: UM CONVITE.

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    UM ABRAÇÃO CARIOCA

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  2. Aos poucos a criança entra neste mundo de adultos, em que as sensações, emoções, surpresas, amores e terrores são deixados de lado como criancices.
    Tomara que, no entanto, esses novos conhecimentos não sejam repressores, mas sim ajudem a criança a reconhecer e aceitar suas emoções, falar delas e incluí-las na sua vida social, intelectual e profissional.

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