Anna contesta as escolhas esquerdistas e ensinamentos que seus pais desejam lhe passar. As questões familiares e do olhar infantil são abordadas mediante os acontecimentos políticos que envolvem os pais de Anna. Ela percebe pouco a pouco a distância cada vez maior do que havia sido até então sua vida, e o que estava por ser.
Esta percepção se dá inicialmente de forma dolorosa. Quem sofre mudanças sem dor? Ainda mais quando a mudança não é sua especificamente, mas desencadeada pelo outro?
O interessante do filme, entre tantas coisas, é analisar como se dá esse processo na personagem-menina vivida pela excelente Nina Kervel. A partir do externo, Anna passa a ressignificar seus valores e sua visão nem sempre infantil de mundo. Além disso, é curioso ver a cultura francesa de envolver as crianças nas discussões políticas e sociais.
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