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Estou ficando velha. Só pode. Tenho tido tantos sustos com a realidade que a única explicação plausível é pensar que definitivamente estou envelhecendo. Aos 31 anos assim, já pensou aos 50? Acho que não aguento.
Aluno assaltou uma professora dentro de uma escola de Porto Alegre; trânsito caótico que chega às cidades médias: motoristas não respeitam sinal vermelho; motoqueiros que pilotam suas motos como se estivessem em um jogo de vídeo-game; meninas engravidando de pais e padrastos; mães que torturam e espancam suas filhas; corrupção ocorrendo como um espirro, em qualquer lugar. É demais, não é mesmo?
Provavelmente eu não estou sozinha nesse sentimento de absurdo que invade frente a tais fatos.
Habitamos uma sociedade com valores frequentemente invertidos, em que as pessoas estão sem referências, sem saber o que fazer, acreditando que tudo podem. O que nos resta? O que pessoas observadoras e críticas, como nós, podem fazer? Permanecer com nossa postura! Não vamos nos entregar!
Não é porque o mundo está um tanto caótico que vamos alimentar o caos. Somos nós a esperança, somos nós que ainda podemos lutar pelos valores, pelo bem, pelo certo. Podemos cansar, esbravejar, mas não desistiremos. Há de chegar um tempo melhor.
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