Paulo Toledo Piza / G1
As pulseiras do sexo nasceram na Inglaterra (shag bands) e estão sendo exportadas para vários lugares do mundo, inclusive para o Brasil. Se fossem pulseiras vendidas em uma sex shop e ser mais um “brinquedinho” entre casais não iriam causar a polêmica que está por aí.
As pulseiras são de plástico e coloridas, usadas principalmente por meninas, adolescentes, mas até crianças podem portá-las. Todas nem sempre sabem o que significam o seu uso. Elas são bonitinhas, vendidas em vários lugares, portanto, aparentemente são apenas pulseiras.
Na verdade, se trata de um código, em que cada cor tem um significado. São umas nove cores, a amarela, por exemplo, significa um abraço; já a rosa quer dizer que a menina deve mostrar os seios. Entenderam?
As pulseiras e suas cores indicam o que os meninos podem esperar da menina. A “ação” acontece se o menino interessado rompe a pulseira. Assim, se ele romper a amarela, a menina deve abraçá-lo. Quase todas as atividades devem partir das meninas, mas há casos em que são eles que fazem alguma coisa nas garotas.
Pais e educadores estão de cabelo em pé com essa “brincadeira”. Brincadeiras de cunho sexual sempre existiram e sempre existirão, faz parte do jogo da conquista, ainda mais na adolescência, em que o desejo da descoberta está bastante forte. É necessário fazer a ressalva que, para muitos jovens, se trata apenas de um “joguinho” em que nada de real acontecerá.
A marca do uso destas pulseiras é que elas expõem os desejos, as curiosidades, o que poderá ocorrer nos próximos minutos, há uma renúncia à privacidade. A intimidade fica exibida, da mesma forma como vemos em revistas de “celebridades” e programas de televisão. Tais pulseiras são o reflexo do comportamento da coletividade hoje: o particular deixando de ser particular, se tornando algo público, como se não houvesse graça alguma sem plateia.
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