Nesta semana, soube duas notícias contrárias a respeito dos direitos homossexuais. De um lado, o avanço: um casal de mulheres de Bagé conquistou o direito de adotar, como casal, duas crianças. Até então era comum entre casais gays a adoção em nome de apenas um deles. Com a possibilidade de o casal adotar, ampliam os direitos da criança, em caso de morte de um deles ou separação, por exemplo. Abriu-se finalmente, o espaço para que casais homossexuais tenham o direito de ter seus filhos, legitimar sua família.
Já o retrocesso, testemunhei no Fantástico. No continente africano, muitos países condenam severamente quem é homossexual. A reportagem falou em Uganda, país que já postula como crime a homossexualidade, mas a prisão só ocorre se houver flagrante. Agora o que está por ser votado é que basta uma denúncia para prender um homossexual. A prisão pode ser perpétua ou até a condenação à morte, se o “criminoso” seduzir um menor do mesmo sexo (atenção que aqui não está sendo tratado caso de pedofilia em si!). A maioria da população de Uganda, pasmem, aprova as decisões do governo.
Um ex-bispo da Igreja Anglicana, em Uganda, saiu em defesa dos gays. Disse ele: “não podemos condenar o amor, porque esse amor é diferente. Não podemos compará-lo a crimes. É difícil aceitar e entender o que eles propõem”. A Igreja Anglicana decidiu afastar o bispo, pasmem mais uma vez.
Vários líderes mundiais, entre eles o presidente Obama, se manifestaram contra a posição de Uganda, porém em vão. O governo ugandês está inflexível. Na entrevista concedida ao repórter do Fantástico, um político, não lembro se foi o deputado autor do projeto ou um ministro do governo, disse que a homossexualidade pode ser boa no Brasil, por exemplo, mas não lá. Um dos argumentos para este projeto virar lei é o HIV, que acomete um milhão de ugandeses, sendo a população de 28 milhões. O governo diz que combater a homossexualidade é combater a AIDS. Sem comentários!
Interessante frisar que na África do Sul, é permitido, já há alguns anos, o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mesmo entre tantos países intolerantes com as sexualidades diversas, a África do Sul conseguiu se atualizar e legitimar as diferentes formas de amar.
Que belo texto amiga!!! Cada vez curto mais a maneira indiscreta, sabia e perspicaz como tu te posiciona diante das pautas que te ajudam a construir o Casa de Cha!!! Mtooo bacana mesmo, parabens!!! Nao acompanhei a materia do fantastico sobre a retaliacao homossexual em Uganda, mas vibrei com o direito de adocao conquistado pelo casal gay de Bage. By the way... nao posso deixar de mencionar o "peso" que o titulo tao bem escolhido deu ao texto. Adoorei!!! beijos. Este tb vai pro Face!!! ;)))
ResponderExcluirAmiga, qdo eu falo em "maneira indiscreta" falo no sentido "maneira curiosa", viu? Soh pra me fazer entender melhor!!! hehehe Saudades, bjao!
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