segunda-feira, 12 de abril de 2010

“Ser diferente é normal”

Denis and Yulia Pogostins 123RF


Viver não é fácil. Somos todos diferentes, mesmo que sejamos da mesma espécie, Homo Sapiens Sapiens. No decorrer do processo social, a normatização e a normalização do comportamento humano construíram preconceitos, discriminações e estigmas à medida que regras eram ditadas classificando o que estava certo e o que estava errado. A ideia era unir os “iguais” e deixar à margem os que eram diferentes, os “outros”. Isso começou há séculos e não terminou.

A sociedade, sim nós!, reproduzimos leis sociais que tentam padronizar todas as criaturas. Deste jeito, o sujeito modelo é: homem, branco, heterossexual, ocidental. Mulheres, Negros, Índios, Intersex, Travestis, Trans/Homo/Bissexuais e Orientais precisam de um reforço na mochila para lidar com o preconceito e com a discriminação. Cada vez menores, é verdade, e ainda bem (claro que há outros grupos que são alvo de preconceito, aqui tomei as características mais gerais).

Não compreendo como alguém pode definir o outro como inferior pelo gênero, pela cor de sua pele, por quem a pessoa leva para a cama e para qual lado do planeta a pessoa nasceu (tudo não parece ridículo?). Nada disso faz sentido.

Lógico que a história, Michel Foucault, a filosofia, a psicologia, as ciências sociais, a educação, enfim, as várias ciências explicam direitinho esse esquema. Compreender alguns destes pensamentos ajuda a ter paciência e argumentos na luta contra a burrice, ops!, contra o preconceito.

No fim das contas, é tudo gente, varia a educação, o lugar onde se vive, o modo de ver a vida; mas todos têm cabeça, cabelo, mãos e pés. Somos iguais sendo diferentes. Sei bem que isso é querer simplificar as coisas, mas, de vez em quando, simplificar faz bem. Se cada um pensasse um pouquinho que as diferenças existem para dar mais liberdade a você querer ser o que quiser, o preconceito perderia força.

Viver não é fácil, sendo “rotulado” como “diferente”, de forma pejorativa, é ainda menos fácil. Se você se acha tão dentro das “normas”, cuidado! Logo você vai descobrir a diferença em você e, quem sabe, se surpreender positivamente com isso.

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