Hoje é o Dia Mundial da Saúde. O que falar a respeito? Das inúmeras pesquisas que nos presenteiam com descobertas importantes e medicações cada vez mais eficazes? Comentar que mesmo que o SUS não seja perfeito, mas permite que qualquer pessoa neste país seja atendida ou tenha ao menos este direito? Falar sobre a dengue, a gripe suína?
Em uma reportagem da rede Globo, uma psiquiatra me sensibilizou ao dizer que a sociedade se une, por exemplo, na luta contra a dengue, mas contra o crack nada ou pouco se faz. A matéria jornalística em questão era sobre uma zona de Brasília tomada por usuários da droga.
A RBS, mais uma vez, lançou a já conhecida campanha “Crack, nem pensar”. A empresa convida ao debate, junto de seus colaboradores sobre essa epidemia que vemos silenciosamente, ou nem tanto, avançar entre as mais diversas camadas sociais.
Os dependentes renunciam a suas próprias vidas pela dependência. Pelas particularidades do crack, seu alto poder viciante, os usuários se perdem de seus caminhos e vivem apenas para o “cachimbo”. Isso não é apenas um problema dele ou de sua família. É um problema de saúde pública. É um sintoma de uma sociedade doente, vulnerável para a vida.
Sem moralismos. Nada de ficar apontando o dedo em tom de acusação. Precisamos parar, observar e analisar de que forma governos e a sociedade podem colaborar para que essa epidemia não cresça. Estimular e ajudar a manter atividades que efetivamente ajudam muitos dependentes a viver sem a droga. Alertar famílias para que busquem o tratamento adequado e que também elas se cuidem, porque não é apenas o usuário de drogas que adoece nesse contexto. Todos sofrem: familiares, amigos e o próprio dependente, é claro.
Precisamos estar juntos nessa luta, assumirmos que é uma questão social, por isso de todos nós. A campanha da RBS dá o pontapé nessa batalha que sabemos que é longa, mas nem por isso devemos desistir dela.
Crack, nem pensar.
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