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O último domingo foi um lindo dia. Quando o domingo está assim sempre me lembro daquela música do Tim Maia, “Um dia de domingo”. Não sei dizer exatamente o porquê. Talvez porque goste do cantor e goste da música. E ela fala de um domingo. Também me recordo que comprei o CD no Rio. Rio rima com sol. Pronto, resolvi tudo.
Essa engrenagem, que uma coisa leva a outra que leva a outra, costuma fazer parte do trabalho “psi”. Às vezes ouço pessoas dizendo que “atuaram” como psicólogos pois ouviram seus amigos e deram conselhos. Sorrio pela intenção da minha interlocutora, mas o papel “psi” está muito além disso.
De vez em quando tenho experiência com pessoas que procuram a psicoterapia com a ingênua e esperançosa vontade de que o terapeuta, no caso, eu, resolva seu problema. Alguns esclarecimentos e semanas depois, tudo fica no seu lugar. Nem sempre é fácil.
Você já reparou que muitos de nós podemos colocar a responsabilidade da ação no outro? Na maturidade, isso significa que algo não está bem. Somos nós os autores da nossa vida. Mesmo que o outro possa colaborar e de forma significativa com a nossa caminhada, somente nós que damos o tom e a cor da vida que levamos.
Aquela famosa frase de Sartre que não sei se reproduzo literalmente: não importa o que fizeram conosco, o que importa é o que fazemos com o que fizeram conosco.
É claro que há exceções, como todas as “regras”, porém na maioria das vezes a coisa é conosco mesmo. Ao pararmos de culpar o outro podemos nos concentrar no que é efetivamente o nosso problema: nossa dificuldade em enfrentar nossas angústias e dar um novo sentido a elas.
adorei! coisa boa ler os teus textos... momento de reflexão!
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