Foto Fernando Gomes
O peruano e ganhador do Nobel de Literatura, deste ano, Mario Vargas Llosa esteve em Porto Alegre nesta semana para realizar sua conferência no ciclo Fronteiras do Pensamento.
Após o evento, optou por voltar ao hotel e jantar sozinho.
No restaurante do hotel fez seu pedido: uma salada e raviólis. A salada, infelizmente, não estava do seu agrado e na reportagem que li não havia detalhes a respeito disso. Para esperar o raviólis, Llosa começou a ler o ótimo “Dois Irmãos”, de Milton Hatoum, que recebeu de presente de Sergius Gonzaga.
Quando estava na página 60, percebeu que a massa não havia chegado e chamou o garçom. Encabuladíssimo, o funcionário se desculpou, o pedido havia sido esquecido. Poucos minutos depois, enfim, o raviólis chegou. Frio. Com a sabedoria comum de um grande escritor e pensador, Llosa disse que o fato poderia virar um conto.
Não sei o nome do hotel, mas é certo que é um estabelecimento no qual deveria constar um serviço de alta qualidade, sobretudo em seu restaurante. Seu gerente e sua equipe merecem um puxão de orelhas, não porque falharam com um hóspede ilustre, mas porque cometeram um erro grosseiro.
Ninguém está imune ao equívoco, porém esquecer um pedido e posteriormente, trazer o prato esquecido frio é de um amadorismo sem tamanho, ainda mais se tratando de um restaurante de hotel cinco estrelas, que imagino ser.
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