quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os Bandidos de Gravata



Se o primeiro filme “Tropa de elite” denunciava a corrupção policial e parte da classe média que, ao consumir substâncias ilegais, contribuía com o tráfico e sua violência, no segundo filme de José Padilha, lançado há poucas semanas em mais de seiscentas salas de cinema no país, a classe política é o alvo.

Roberto Nascimento, vivido pelo ótimo Wagner Moura, enfrenta não apenas a corrupção policial como também a política. O bandido de gravata nos enoja. Sua fala demagógica, sua falsa postura de estar a serviço de sua comunidade, quando na verdade defende apenas o seu bolso e a sua imagem, causa indignação a qualquer cidadão.

Sentimos raiva dos engravatados e dos que usam a farda sem ter qualquer honra para vesti-la. Padilha consegue em seu filme retratar uma realidade difícil de aceitar.

Como disse, há momentos do filme em que você tem vontade de “pedir para sair”, para usar um dos bordões do Capitão Nascimento, porque são por demais ordinários esses criminosos fantasiados de políticos. Por causa de suas gravatas, é comum escaparem do destino que merecem: a prisão.

Site do filme:

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