Ruslan Zalivan 123RF
Na crônica de ontem, do jornal Zero Hora, Martha Medeiros escreveu sobre um livro que começou a ler e depois de muito interessada perdeu a vontade de seguir a leitura. Ela parou no momento em que surge uma máquina do tempo, e daí ela reflete sobre o seu desinteresse em ir para o passado e para o futuro. Identifiquei-me completamente.
Apesar de estranhar minha aparência que não tem mais o viço dos 20 anos, não voltava de jeito nenhum para a adolescência, por exemplo, e muito menos gostaria de me ver aos setenta, se lá chegar. Gosto do tempo presente, hoje. No máximo o ontem e o amanhã, mas décadas para trás e para frente, nem pensar!
Lógico que poderia fazer algumas coisas diferentes, me tranqüilizar em relação a inquietações e preocupações infrutíferas que tive anos atrás ou que tenho agora e, estando no futuro, saberia se faz sentido ou não os medos que posso sentir. Mesmo com estas “vantagens”, passo adiante a passagem.
Quase sinto um interesse por uma máquina do tempo para ser uma paciente de Freud, por exemplo, assistir uma aula de Foucault, estar em um show do Queen, conhecer culturas passadas. Notem, não tem qualquer relação com minha vida em si, mas com momentos e personagens históricos. Juro que pela impossibilidade real disso, não ganha qualquer importância na minha mente uma viagem como essa.
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