Na segunda-feira, Lya Luft autografou seu novo livro, “Múltipla Escolha”, na livraria Cultura, em Porto Alegre. Não fui. Não fui, porque não moro em Porto Alegre. Se morasse, estaria lá com olhos de admiradora.
Desde quando descobri a escrita de Lya, virei sua fã. O primeiro livro que li foi “O Rio do Meio” e este mora num lugar especial na minha estante. Uma vez o emprestei e nunca mais voltou. Coisas que acontecem. Ganhei outro exemplar. Este não empresto. Aliás, emprestar livros não é fácil para mim. Sobre isso, escrevo outro dia.
Voltando à Lya. Dos textos que li sobre mães, comum no mês de maio, destaco o da Lya na revista Veja (edição 12 de maio).
O texto é de uma sensibilidade enorme. Não fala de supermãe, de cobranças, mágoas. Fala de aceitação, de boas lembranças, de amor. Fala de mãe e filhos de carne e osso. Com seus erros, acertos e a sabedoria de dar maior valor aos últimos.
Sabedoria. É a mensagem do texto. Sabedoria de viver, de reconhecer cada momento como intrínseco aos caminhos da vida. Fala de amor e de carinho. Entre duas pessoas, entre mãe e filho.
Sem sentimento de posse e invasão, por parte de mãe. Sem ressentimento e culpa, por parte de filho. Uma relação verdadeira, de encontro entre duas pessoas, em que há especificidade de uma ter gerado em seu ventre a outra.
Lya, mais uma vez, consegue exprimir o que é ser mãe, sem o que mídia vende, sem fantasias, sem peso. “A Canção de qualquer mãe”, título do texto, é uma canção para ler, cantar e ouvir.
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