quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Seleção



Ontem saiu a convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo, na África do Sul, feita pelo técnico Dunga. Confesso que estava tão cansada que nem pensei em dar palpite. Sempre gostei muito do Ronaldinho Gaúcho, mas se está na lista de espera, minha cabeça cansada confia que Dunga deve saber o que está fazendo.

No que consegui pensar foi no Kaká, o principal jogador da seleção. Visto como o “criador”, muitas expectativas estão sendo depositadas nele.

Deve ser muito legal ser convocado, ter o reconhecimento do talento, ser uma aposta da torcida verde e amarela. Mas como quase tudo na vida, há “o outro lado”. Tem noção do que significa ser “o cara” numa torcida de 190 milhões de brasileiros, cada um se achando “o entendido” do esquema tático? Nada fácil.

Ok, você irá me dizer que o gorducho salário compensa. Meu assunto aqui não tem nada a ver com dinheiro, com time que atua nem país que vive. Tem a ver com a pressão psicológica. Provavelmente muitos de nossos jogadores (quem sabe todos?) possuem um preparo e apoio especializado para lidar com tal pressão.

Identifiquei o Kaká, porque foi o citado com mais ênfase pelo telejornal que assisti. Poderia ser Júlio César com a complicada função de goleiro ou Gilberto Silva que mais uma vez vestirá a camisa canarinho ou Grafite que, mesmo com curta experiência na seleção, foi convocado. Enfim, qualquer um pode sentir o peso nos ombros da esperança de um país inteiro.

Como disse, são 190 milhões de torcedores atentos ao Dunga e aos seus garotos. Haja presença de espírito, força psíquica e garra para deixar de lado toda a simbologia que a seleção tem em nosso país para poder jogar com a espontaneidade e a leveza de uma pelada de um final de semana.

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