sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Vida Alheia



Sou suspeita. Tudo que já testemunhei de Miguel Falabella, gostei. Acho um cara inteligente, ousado, de vanguarda e com um humor sutil, o que é difícil de encontrar por aí.

Com o programa de quinta, “A Vida Alheia”, não foi diferente. Humor inteligente, história bem construída e elenco de primeira o fazem ser um dos programas mais bacanas do canal aberto, em minha opinião.

Trata-se de uma redação de uma revista de “celebridades”, em que jornalistas e fotógrafos buscam a todo preço uma capa escandalosa e furos de notícia do meio dos “famosos”.

O slogan da revista é: “A vida alheia é mais interessante que a sua.” Vai direto ao voyeurismo, característica humana e exagerada em muitos de nós. O diferencial da série é que não pega tanto o lado do leitor, mas o lado das “celebridades” que sofrem ou vibram com as reportagens sensacionalistas.

Alberta Peçanha, personagem da maravilhosa Claudia Jimenez, é a redatora chefe e quem tem mais do que todo mundo o olhar certeiro do “sucesso”. Catarina Faissol, personagem da não menos competente Marília Pêra, é a dona da revista, é aquela que fala sorrindo, mesmo que suas palavras não combinem com a simpatia do riso.

Danielle Winits, no papel de Manuela, uma jornalista ambiciosa que sabe fazer bem o que faz. Para fechar o quarteto principal, Paulinho Vilhena, que vive Lírio, talvez o mais sensível dos profissionais da revista no que diz respeito aos dramas humanos.

Se você ainda não viu, sugiro. Depende de cada gosto, é claro. O horário não ajuda, depois de “A Grande Família”, mas que vale a pena dormir mais tarde pelo programa, vale mesmo.

Não garanto que a vida alheia é mais interessante que a sua, mas aposto que “A Vida Alheia” é mais interessante que muitos programas que rondam por aí.

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