Ionut Dan Popescu 123RF
(Para ficar claro: o sentido de agredir que falo neste texto é o de ser ativo, ousado.)
Dentre as várias frases que aprecio de Paulo Leminski destaco a seguinte: “Às vezes o negócio é agredir, às vezes agradar.” Gosto dela, porque é o símbolo do fluxo da vida. Ora precisamos atacar ora precisamos recuar. Ora necessitamos grunhir ora sorrir.
Nem tanto ao céu nem tanto à terra, como se diz. Somos instigados a aprender o ziguezague que forma os ângulos da vida.
Nem sempre é fácil ter a cinturinha fina para não cair no chão. Nesta dança, muitas vezes sofremos, nos precipitamos ou perdemos a hora. Agimos de um jeito torto, sem possibilidade de correção. Ainda bem que, em outros, conseguimos seguir no ritmo e tudo dá certo. Captamos as entrelinhas, temos paciência e perspicácia, mais ainda: sabedoria.
Reconhecer o contexto, os sentimentos envolvidos, assim como os desejos, faz a diferença na hora de saber se é momento de agredir ou de agradar. De uma forma ou de outra, estamos lutando pelo que acreditamos ser o melhor. A diferença aqui é a estratégia; porém, o pano de fundo é o mesmo.
Todos nós buscamos as mesmas coisas, mas cada um vai ao lugar que crê encontrar o seu alimento para viver mais feliz e satisfeita. Não chegar lá sem apatia ou indiferença, mas com agressões ou agrados.
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