segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O calor não humano

Nelli Shuyskaya 123RF

Na edição do Fantástico de ontem, foi mostrada uma matéria sobre o calor dentro da casa de uma moradora do Rio de Janeiro. O seu quarto, assim como o de seu neto, não têm ar-condicionado, apenas ventiladores, causando, assim, um grande desconforto na hora de dormir. Seguramente, não é apenas na casa da senhora da reportagem. Não sei como ainda não derretemos!

Não há como não ser clichê, todos os dias repetimos ou ouvimos a frase “que calor!”. Não há a possibilidade de sermos originais. O calor continua quando o sol vai embora. O governo deveria, com todo o respeito as demais mazelas dos cidadãos brasileiros, fornecer bolsa-condicionador de ar.

Lembra do tempo que ar geladinho era luxo e completamente supérfluo? Esqueça, não é mais. Tornou-se item básico, de proteção à saúde, principalmente a mental. O clima “forno” altera nosso humor, nossa capacidade de trabalho e nos faz desejar sermos peixes ou ursos polares.

Faço aqui minha reclamação: ou o bolsa-ar ou para tudo, ninguém faz mais nada! Ficaremos todos nós embaixo de árvores ou dentro d’água, mas seguir uma rotina “normal”, não é possível. Na verdade, possível até é, afinal, estamos fazendo isso, não?

Outra ideia, como comentei com um amigo, seria inventarem uma roupa com gelo dentro, com uma tecnologia que refrescasse nosso corpo na medida certa. Esse calor, decididamente não é humano! Conseguiremos sobreviver até abril?

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