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Se eu não fosse psicóloga, seria professora de literatura. Adoro literatura e sofro, em pequena proporção, não se preocupem, com o fato de não ter tempo de ler tudo o que gostaria. Por que não comecei a ler bons livros mais cedo?
Sou encantada com os escritores, os bons, lógico, com a entrega que fazem as suas histórias, aos personagens que criam. Sou fascinada pela capacidade de alguém escrever centenas de páginas com maestria. Admiro o talento de romper a linguagem, isto é, não escrever simplesmente, mas escrever com sangue.
Escrever com sangue, para mim, significa usar as palavras corretas, de maneira acertada, em uma narrativa instigante, onde tudo, como num quebra-cabeça, se encaixa. Sem clichês, sem superficialidades, escrever com alma e originalidade.
Personagens fortes, que ganham vida, além do papel. Pensem em Rodrigo Cambará, de Érico Veríssimo ou em Anna Karenina, de Tolstói, por exemplo. São figuras que atravessam gerações e ganham imortalidade.
Escritores geniais ou muito bons não fazem apenas excelentes histórias com personagens interessantes. Eles criam um mundo, no qual mergulhamos para entender, não apenas o que se narra ali, mas o que acontece fora do papel, no contexto que vivemos, na vida que levamos. Sabemos mais de nós e da vida mediante a ficção construída por estes artistas.
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