quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Up in the Air




O filme “Amor sem escalas” caiu na graça do público e não sem motivos. Trata-se de uma história interessante, com diálogos bem construídos e elementos da vida real, fazendo com que a ficção se torne ainda mais próxima da realidade. Nem é preciso confirmar o que se imagina: é um tanto triste o que se vê desenrolar na tela do cinema.

Claro que essa tristeza, derivada de questões existenciais nossas, não nos faz desgostar do filme ou criar um arrependimento por tê-lo visto. A melancolia nos aproxima dos personagens.

O diretor, Jason Reitman, é o mesmo do original “Juno” e faz igualmente aqui um trabalho competente. A história gira em torno de Ryan (Clooney), que trabalha demitindo funcionários de empresas em crises, o que o faz viajar durante quase todos os dias do ano. Os aeroportos, os aviões e os hotéis são a sua casa, são lugares em que ele se sente bem. Sua mala super prática e sua técnica de fazer check-in e check-out com rapidez são eficientes.

Ele dá palestras motivacionais, cuja filosofia combina bastante com seu estilo de vida e foge do padrão que elegemos como a ideal, ou por que não a “normal”.

O pano de fundo do enredo é a solidão. Somos sós e podemos diminuir essa sensação, caso estejamos preparados para enfrentar riscos afetivos ou podemos abraçar o estado solitário, arcar com a incompreensão alheia e buscar defesas para sobreviver no limbo.

Como já dito, o filme vale a pena. Não será o melhor filme da sua vida, provavelmente, mas é um filme que convida à reflexão e, já por isso, vale.



Para saber mais:

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