domingo, 1 de agosto de 2010

Curdistão


 
Assisti um filme muito bom, chamado “Testemunhas de Guerra”, sobre dois fotógrafos de zonas de conflito. A região onde muito a história se passa é o Curdistão.

O Curdistão não é um país, é uma região distribuída em terras de outros países, como Turquia e Iraque. Os curdos, então, não têm seu próprio Estado, tal como os palestinos.

Além disso, os curdos são mais numerosos do que qualquer outra etnia sem território próprio. O Curdistão luta pelo direito a um território, a ser independente, a sua língua e cultura.

Já comentei aqui e o faço de novo: quando convivi com um iraquiano, na Inglaterra, conversávamos sobre as guerras que ele havia testemunhado. Nós não sabemos como é isso. Mesmo que tenhamos uma guerra urbana, não sabemos como é um país estar em guerra com outro. Desconhecemos a rotina de uma população que se protege logo que toca uma sirene. Não vivemos a destruição de um vilarejo por mísseis do país inimigo. Enfim, é uma realidade que podemos estudar e analisar, mas não temos esta experiência.

Aliás, falando em Iraque, Saddam Hussein foi acusado da morte de pelo menos oito mil curdos, na década de 1980.

Sempre tive admiração por jornalistas e fotógrafos de guerra. São pessoas que fazem a ponte entre nós e aqueles que estão em zona de guerra. São eles que nos possibilitam testemunhar à distância (e muita) o que se passa. Apesar de não estarmos lá, podemos fazer o exercício de nos colocarmos no lugar do outro e compreendermos um pouquinho como é estar no Iraque ou no Curdistão, ou em qualquer outro lugar do planeta em guerra.

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