segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sakineh


Sakineh Mohammadi Ashtiani, 43 anos, viúva e mãe de dois filhos, foi condenada, no Irã. Seu crime: adultério. Sua condenação: apedrejamento. Antes da condenação ela já havia recebido 99 chicotadas. O apedrejamento pode ser a pena para homens e mulheres que cometeram algum crime, conforme as leis iranianas. Nos casos masculinos, o réu é enterrado até a cintura; nos casos femininos, a ré é enterrada até o peito. Assim, os homens ainda conseguem usar os braços para se defender das pedras. Estas devem ser pequenas para que o sofrimento seja longo até a morte.

No caso de Sakineh, não há provas de adultério, os juízes que a condenaram seguiram sua intuição. E isso é permitido nos tribunais iranianos! Há possibilidade de testemunhas que provem o crime (não há no caso de Sakineh), neste caso, podem ser quatro homens justos afirmando a traição ou três homens justos e duas mulheres justas. Duas mulheres valem por um homem, entenderam?

Milhões de pessoas no mundo inteiro se uniram contra a morte de Sakineh. Por causa disso, o apedrejamento foi esquecido, o tribunal decidiu pela morte por enforcamento. Isso não foi o suficiente, óbvio. Continua um movimento a favor da libertação de Sakineh. Aqui no Brasil, foi lançada a campanha “Liga, Lula”, que solicita uma intervenção do nosso presidente, afinal ele mantém boa relação com Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã.

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