O filme “À Procura de Eric” mostra Eric, o personagem principal, sendo atropelado pelos problemas que parecem vir de todas as partes. Fã de futebol, tem Eric Cantona como ídolo. E é a “presença” do jogador que faz Eric tomar as rédeas de sua vida. Um encanto.
O bacana de muitos filmes europeus, como este, é o não querer fazer de seu personagem principal uma peça de glamour. Eric poderia ser qualquer um.
Ele é um cara que viu sua vida passar e não fez aquela “faxina” necessária, isto é, não resolveu várias questões do passado e se viu como vítima de seu destino. Precisou da quase-loucura para reparar o quanto estava passivo frente ao cotidiano.
Mediante suas conversas com Eric Cantona e a companhia de seus amigos “reais”, Eric resgata dentro de si modos de viver mais autênticos e ativos. Modifica sua postura derrotada e consegue captar as alegrias que estão por aí, esperando um olhar mais atento. Somos “Eric” quando nos enredamos em nossos conflitos, sem conseguir sair do lugar e também somos “Eric” quando encontramos uma saída dos novelos de nossas angústias.
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