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Em alguns dias somos salvos. Sem esperar, nosso salvamento chega. Estávamos com um problemão e alguém estende as mãos. Estávamos precisando de algo que não conseguíamos de jeito nenhum, eis que surge um ser para ter uma ideia bacana e oba, conseguimos o que queríamos tanto. Estávamos empacados no caminho, sem saber que direção ir, uma criatura amiga com seu dedo indicador aponta a melhor direção.
Quem são estas pessoas? Diversas. Os companheiros, os amigos, os familiares, os chefes, os colegas, enfim pessoas que iluminam com peculiaridade um instante da nossa vida.
A quem você é grato? A lista é grande? Lembro de uma amiga querida que me ajudou em um mal-estar que tive em uma viagem que seria só diversão. Isso aconteceu há anos. Agradeci a ela e comentei o quanto era difícil, para mim, receber. Ela riu e me disse que sua mãe também era assim. Recordo-me muito dessa conversa. Provavelmente ela nem lembre, afinal ela foi mais significativa afetivamente para mim. Percebi que não estava só nesse sentimento quase de culpa quando alguém me presta um grande favor.
Melhorei bastante, mas ainda fico constrangida, todavia bastante agradecida quando alguém me dá uma mão. Não estou falando de uma gentileza apenas, mas de algo bem maior. Aceitar as coisas boas nem sempre são fáceis.
O que me ajudou a lidar com minha timidez quanto a esta questão foi notar que eu também retribuía. Havia momentos em que era a minha mão a oferecida.
Salvar e ser salva acontece vez que outra nas curvas da vida. Da mesma forma, ocorre uma omissão de socorro, às vezes intencionalmente, outras porque não percebemos as mensagens de SOS ou estamos impedidos de ajudar.
Aos nossos salvadores, resta um agradecimento carinhoso e que tenhamos o privilégio de retribuir a eles nessa vida.
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