sábado, 11 de setembro de 2010

Inclusão nas escolas: um sonho possível





Pode-se dizer que o filme “Um sonho possível” tem muitos aspectos comuns em filmes americanos. Um jovem de 17 anos sem lar e sem chances na vida tem seu destino completamente transformado a partir do momento em que é “adotado” por uma família. Mesmo que este resumo do filme seja parecido com outros que já vimos nos cinemas, nesse há um ingrediente especial: se trata de uma história verídica do astro do futebol americano Michael Oher.

Não falarei do filme aqui, na verdade, ele é a “catapulta” para tocar em outro assunto. Quem viu o filme sabe que Michael tinha muitas dificuldades cognitivas, ele não conseguia se comportar como os demais alunos na aula. Os professores não teriam qualquer sucesso em sua tarefa de ensinar se não percebessem as particularidades de Michael.

Quando eles começam a ressignificar sua metodologia de trabalho, isto é, quando conseguem sair de suas referências até então, oferecem efetivamente uma oportunidade de Michael aprender.

A inclusão nas escolas brasileiras é lei, desta forma, o que acontece com Michael no filme é o que deveria acontecer dentro de todas as nossas escolas. Uma atenta professora nota que Michael pensa, presta atenção e escreve, só que ele não iria conseguir aprender no mesmo sistema que os demais alunos, assim ela acaba por mobilizar seus colegas para avaliar Michael não apenas em relação ao que a escola exige, mas conforme as próprias peculiaridades de Michael.

O desafio de nossos educadores é vencer a resistência quando afirmam que os alunos devem se adequar às escolas e ponto. O movimento deve ser de mão dupla. Verdade que os alunos devem respeitas as regras escolares e cumprir seus compromissos, porém os professores e demais profissionais da área devem estar preparados para receber alunos que com suas dificuldades podem ficar à margem, deixados de lado e com rótulos pejorativos.

A notícia boa é que a inclusão está cada vez está maior, isto significa que muitos educadores estão seguindo os mesmos passos dos mestres de Michael. Assim, mesmo que esse movimento precise crescer, já podemos pensar que ele é possível.


Para saber mais do filme:

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