Li, dias atrás, uma reportagem sobre o livro que Ingrid Betancourt lançou, contando sobre seus seis anos e meio como refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), na selva colombiana. Confesso que li a reportagem em doses homeopáticas, afinal não se trata de um depoimento fictício. Além de verdadeiro, é atual, não aconteceu em séculos atrás, aconteceu no nosso. Pior, ainda há pessoas reféns desse grupo neste momento.
O livro se chama “Não há silêncio que não termine”. Achei o título forte. Seu sofrimento foi narrado nas quinhentas e cinquenta e três páginas, onde o limite humano é apurado. A força que essa mulher teve ao sobreviver a tantas adversidades até ser salva, em 2008, pelo exército colombiano, em uma operação digna de roteiro cinematográfico, é de emocionar.
Por causa dessa emoção e da brutalidade de sua experiência que imagino que não seja um livro para todas as pessoas e nem para todos os momentos. Mesmo quando se trata de ficção, nos sentimos mobilizados, imaginem uma história como essa, ocorrida perto de nós, “ali” na Colômbia?
Se formos capturados pelo livro de Ingrid, creio que poderemos sofrer junto com as páginas, porém teremos um ganho interessante. Seremos testemunha de um calvário, narrado pela vítima, que sobreviveu. Quanto de força há em nós?
Quantas vezes imaginamos determinada situação e com quase certeza dizemos que não vamos conseguir? E se tal situação ocorre, tiramos de letra, ou pelo menos, saímos machucados, porém ainda inteiros?
Não sabemos, na verdade, de nossa real potencialidade de ser. Mediante os acontecimentos externos somos testados e avançamos limites até então bem instalados.
Ingrid viveu uma situação-limite, em que muitos não sobrevivem, infelizmente, mas com certeza quem sobrevive tem uma grande história para contar.
Amiga querida, que saudades! Aproveito esse texto pra conversar um pouquinho contigo.. menina, li essa semana em algum lugar uma entrevista com essa mulher que junto tinha relatos de outros sobreviventes, cada qual com se próprio relato em forma de livro, e todos eles descreviam ela como uma mulher egoísta, dissimulada e por aí vai... sei que daí pra frente peguei um nojo dela....heheh, fica lá, posando de virtuosa, julgando os outros em seu livro, ah vá...
ResponderExcluirbom querida, era isso, vou contnuar lendo o blog aqui.. beijinhos.
Em espanhol o nome do livro é ainda pior: Cartas a mamá - desde el inferno.
ResponderExcluirCarolina(que escreveu acima, não seja sarcástica! Você não sabe o que esta mulher guerreira passou nas mãos destes "Monstros" das FARC- São covardes e só se apresentam de toca ninja. Não tem coragem de mostrar o rosto. Você não aguentaria 1/4 do que ela aguentou na sekva colombiana. Dá-me seu E-mail e te enviarei um vídeo do que fizeram com ela na selva, pois são uns selvagens. Daniel.
ResponderExcluirParabéns a reportagem da Casa de Chá, a cerca de Ingrid Betancourt! É a expressão da verdade. Não são comentários levianos. Daniel.
ResponderExcluirÈ inacreditavel como ainda tem gente que julga sem conhecimento, a dor e o sofrimento dessa heroína.
ResponderExcluirNessa noite de 02/11/2010, Jô Soares entrevistou Ingrid Betancourt. Ela falou das situações vividas no cativeiro, das humilhações pelas quais passou... Ela é uma vencedora: uma mulher nascida rica, criada e educada em Paris, sobreviveu seis anos e meio na selva. Durante esse tempo, permaneceu por quatro anos seguidos com uma coleira no pescoço e presa ao tronco de uma árvore. Ali ela fazia suas necessidades fisiológicas e tbem se alimentava com a escassa comida que lhe ofereciam. Nesses quatro anos, ela não teve contato com uma só mulher, diante dela somente os guerrilheiros que lhe humilhavam constantemente, enquanto a observavam e vigiavam 24 horas por dia. Nos dois anos e meio que se seguiram, ela permaneceu presa pelo punho. As noites eram longas e tão escuras que ela não conseguia enxergar suas próprias mãos. Animais ferozes e peçonhentos rondavam à sua volta em meio à escuridão. Enfrentou doenças e torturas constantes, longe de qualquer contato com o mundo civilizado. Uma mulher que sobrevive a tanto sofrimento e não perde o equilíbrio emocional, sai do cativeiro sem depressão, sem depender de drogas... e escreve um livro contando tudo isso com uma riqueza de detalhes que impressiona...é uma heroína, digna de admiração e respeito.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirAssisti a entrevista da Ingrid no Programa do Jô, e fiquei extremamente cativado pelo olhar de ternura e paz que ela transmitiu ao longo da entrevista. Não resisti, e comprei o livro para entender de onde vinha toda aquela força espiritual. Devorei o livro, e pude perceber o quanto a Ingrid foi humilhada e torturada pelas Farc, e ao mesmo tempo pude compreender o quanto ela foi corajosa e determinada. Sou católico, e muito devoto de Maria Imaculada e também do Sagrado Coração de Jesus. Realmente, os Anjos de Deus ampararam, protegeram e resgataram a Ingrid daquele inferno. Acabei de ler também, o livro "Operação Xeque" que narra toda a ousadia e determinação dos militares ( Anjos da Liberdade ), que planejaram o resgate dela e dos outros quatorze reféns da guerrilha. Ingrid, que Deus te Abençoe Sempre, e Que todas as suas angústias e perdas te sejam curadas e restituídas. Jesus te Ama Muito!
Vou rezar constantemente por você, no Grupo de Oração da Santíssima Virgem que eu participo toda semana. E também rezarei e comungarei ( comunhão reparatória no Sagrado Coração de Jesus) por você e por toda a sua família.
A Paz de Cristo e o Amor de Maria te ilumine.
Gilberto - SBC
Acabei de ler o livro dela e a cada pagina eu me surpreendia com a coragem e fé desta mulher e pensar que ainda tem gente que tem a coragem de falar mal dela, é por que não sabe e nem estava na pele dela pra ver o sofrimento de todos. A cada pagina eu chorava de pensar no sofrimento de uma mulher que num dia se transformou em um nada. Graças á Deus saiu desta brutalidade com vida. E Quanto aos que escreveram um livro falando mal dela e por hoje tem inveja da Mulher que ela é.
ResponderExcluirEstou lendo o livro da Ingrid Betancourt - Não há silêncio que não termine - e em cada página eu me emociono com a coragem,determinação,força e fé dessa mulher que demonstrou durante o tempo que passou no cativeiro.
ResponderExcluirDepois do contato com o livro e a historia dessa querreira estou encarando o mundo com uma visão diferente de antes.
Ontem terminei de ler o livro da mulher mais corajosa, forte, com uma fé inabalável que ja ouvi falar. Como depois de tanto sofrimento ainda existem pessoas fazendo comentarios maldosos, ridículos, sobre egoismo, egocentrismo e coisas do genero. Tenho convicção que a fé e o amor que ela sustentou em sua família por todos os anos fez com que ela sobrevivesse, agora, seus companheiros de cativeiro, que ela em momento algum no livro teve a intenção de falar mal deles, muito pelo contrario, ela entendia as atitudes dos outros, como eles tiveram coragem de depois de viver um inferno deste tamanho sair de lá com a disposição de denegrir a imagem de Ingrid, eles com certeza não aprenderam tantas lições no cativeiro, senão estariam mais preocupados em aproveitar a liberdade que agora tem ao invés de escrever livros com fofocas.
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