Ao ver o filme “Criação”, que conta o período da vida de Charles Darwin em que ele está por terminar a sua grande obra, “A Origem das Espécies”, pensei em como somos mais tranquilos hoje com computadores, impressoras, internet, backups, máquinas de xerox.
Em uma determinada parte do filme, sabida por todos nós, a obra será publicada, há uma cena, real ou não, pouco importa, em que Darwin entrega um pacote pardo bem embalado ao carteiro que, de carroça, vai de casa em casa pegar e entregar correspondências. Neste pacote pardo, está o resultado de pesquisas feitas por duas décadas, que viria a ser algo revolucionário e que bateria de frente com as teorias religiosas do período.
Quando vi tal cena, pensei: imaginou se o pacote cai da carroça, ou o editor o perde, enfim, quantos acidentes poderiam haver? Onde está a cópia? Cadê o pendrive?
Claro que, a partir de Darwin, comecei a pensar em tantos outros, antecessores e sucessores dele. Shakespeare, Freud, Nietzsche, Kant, Aristóteles, enfim, todos aqueles que continuam existindo através de suas obras e que não tinham as ferramentas que temos hoje.
Mesmo que não possamos estar 100% garantidos, o laptop pode quebrar, o pendrive se perder, mas, no século XXI, temos mais recursos para garantir que o nosso trabalho ganhará materialidade.
Nossos gênios podem dormir sossegados, sem perigo de uma vela cair e prender fogo em papéis importantes, as canetas não mancham mais, não haverá apenas um exemplar do seu trabalho, haverá tantas cópias, bastando ele clicar para a impressora imprimir. Talvez haja menos charme e romantismo, mas o conforto e a segurança compensam a cinzenta tecnologia.
Para concluir, o filme é bastante interessante!
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