sábado, 18 de setembro de 2010

Jornal do Brasil

Tatyana Ogryzco 123RF



Meu pai sempre gostou de ler o Jornal do Brasil quando estávamos no Rio. Lembro das páginas balançando na praia ou ainda no hotel, após o café. Longe das férias, na minha casa, havia duas assinaturas de jornais do estado. Provavelmente seu hábito colaborou para que hoje adore o momento de ler o jornal. No fim de semana e quando tenho uma manhã livre, gosto de ler na cama. Quando leio à noite, vai de qualquer jeito, à mesa, geralmente. Um dia sem jornal, é um dia incompleto.

Fiquei surpresa, semanas atrás, quando soube que o modelo impresso do Jornal do Brasil acabou, agora somente pela internet. O que não é uma notícia ruim, jornal de qualidade na internet sempre é bom. Só que precisamos viver o “luto” de não ter mais o jornal impresso, que a gente folheia, dobra, recorta. Claro que estou vivendo esse caso do JB como antecipatório, pensando no meu jornal daqui, e como se um dia todos os jornais deixassem de ter gráfica, será?

Nessa semana, na revista Veja, Lya Luft falou sobre o e-book e a remota chance de deixarem de existir livros impressos. A escritora alega que as novas ferramentas, desde a televisão até a internet, acrescentaram ao nosso cotidiano, sem terem ameaçado o que já existia. Foi assim com a televisão, por exemplo. O rádio não deixou de ter seu espaço.

Tento ficar tranquila com as palavras da Lya e tento esquecer que o DVD aposentou o videocassete e que o Ipod praticamente já aposentou o CD Player. Os jornais talvez daqui a algumas décadas, seguindo os passos já trilhados pelo JB, poderão também deixar de serem impressos. Mas os livros, ah esses não. Ok, JB eu perdoo, mas os livros, de jeito nenhum!



Para quem quer fazer uma visita no “primeiro jornal brasileiro na internet”:


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