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Nesta quarta-feira vivi uma experiência interessante: conversei por duas horas com algumas pessoas, até então praticamente desconhecidas, que estavam no Brasil, pelo vídeo do MSN, os ouvia e eles me ouviam, eles também me viam, porém eu não. Senti falta, lógico, de ver os rostos das vozes que eu escutava, porém mesmo tão longe e com uma tela a minha frente me senti bem e calorosamente recebida.
Não apenas porque o assunto me interessava e o que as pessoas falavam me interessava. Também porque a internet, mesmo que uma via de comunicação potencialmente fria e impessoal oferece ferramentas, como bem lembrado por uma colega, que adoça e aquece as relações mediante os caracteres.
A internet não existia na minha infância. Ela passou a ser uma rotina para mim quando eu estava com 18 anos, numa época em que a grande novidade era o chat! Depois vieram icq, Yahoo, até chegarem os muito popularizados MSN e Skype. O Orkut chegou anos atrás, sendo agora a moda o twitter. Enfim, são mudanças que nos exigem uma cinturinha afiada para acompanhar a dança.
Mesmo que não sejamos mestres da tecnologia, muitos de nós são capazes de fazer um excelente uso deste rico cardápio web a nossa disposição. A relação virtual não substitui a relação convencional em que o olho no olho dá um tom mais forte ao diálogo, porém é uma alternativa interessante para quem está longe, para quem está doente em casa, ou simplesmente para quem gosta de se aventurar no mundo virtual.
Há muita coisa boa pelos sites, assim como há lixo. Da mesma forma que há bons livros e outros que nem podemos falar o nome em voz alta. Igualmente há bons e maus filmes. Também há programas de tevê que são legais e outros não recomendáveis.
A internet passou a ser mais um acessório pós-moderno, que como tantas outras coisas na vida, se bem usados traz interessantes frutos. Além da carta, do telefone, a internet, como na noite de quarta, oferece a possibilidade de estar junto, mesmo estando longe.
Não tenho comentado teus blogs,mastem lido todos os dias.O problema que, acho, que estou me tornando repetiva.Não é o caso.Adoros todos.Bjs.
ResponderExcluirEu estava do lado de cá (vendo e ouvindo somente) e a Liana lá, só ouvindo. Mas de cada lado estávamos com uma carência, cada um teve que usar a imaginação para seguir o diálogo como se fosse "completo". Vê como a fantasia é importante para se comunicar.
ResponderExcluirMas nunca chega a ser completo, pois as almas não se conhecem diretamente, só mediante signos. Por isso é que queremos ver e tocar, para ter certeza, pois a mente e o espirito não são percebidos diretamente. Talvez quando inventaram o telefone disseram isto mesmo.
Nós falamos por telefone e videofone. Tentamos usar a cam, mas não deu. Será que veremos o chat holográfico? Ainda nos encontraremos pessoalmente e aí vamos comentar de novo.
Parabéns pelo jogo de cintura, nós psicólogos temos que nos mover rápido, pois cada pessoa tem sua linguagem.