segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A morte é para todos


alexreller 123RF

Nestes primeiros dias de novembro, morreu o antropólogo Claude Lévi-Strauss aos cem anos de idade. O pai do Estruturalismo, como qualquer outro mortal, morreu.

Nunca pensei que fosse durar para sempre, afinal a morte é a única garantia. Mas não deixa de ser curioso pensar que grandes personalidades, por suas criações, sejam elas quais forem, morrem como qualquer um. O coração é um ignorante, não sabe ler nem pensar, apenas bate até quando dá.

Em nada tais criaturas especiais serão poupadas. Pensem, por exemplo: a voz de Pavarotti não evitou que seu corpo parasse de funcionar; as teorias de Freud não lhe imunizaram frente ao câncer e; finalmente, as contribuições de Lévi-Strauss, nas mais diferentes áreas do conhecimento, não lhe deram vida eterna.

Os seus “filhos”, isto é, obras, pensamentos e criações, estes sim, são para sempre. A partir deles, seus nomes e ideias viverão nos bancos acadêmicos e demais meios intelectuais.

Definitivamente o corpo humano não chega à eternidade, mas as ações realizadas durante a vida podem sim atravessar séculos.

Um comentário:

  1. Ótimo texto pra se refletir.O que importa não o quanto vivas, mas aqulio que fazes durante a vida.É isso? Entendi certo?bjs

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