segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Confiança II



A cena já foi testemunhada dezenas de vezes. A corner shop perto daqui de casa não está aberta bem cedo da manhã. O fornecedor de leite e pão faz a entrega cedo. Como a loja está fechada, o que ele faz? Ora, deixa em frente à loja. Quando o dono chegar, guardará a mercadoria. Prático, não?

Faz-nos rir, claro, pela estranheza que sentimos. Como viemos do Brasil, com suas altas taxas de criminalidade, observar este hábito causa surpresa e toca naquele assunto já escrito aqui, em setembro, sobre a confiança.

Confiança, penso eu, é a capacidade humana de crer no outro. Acreditar na bondade e esquecer, deixar de lado, a maldade ou os defeitos de muitas personalidades que povoam esse mundo.

No meio a tantas notícias que lemos, ouvimos, vemos, além das experiências que podemos ter tido com o assunto violência, nos tornamos pessoas desconfiadas. Não é tão frequente nos depararmos com aqueles que, sem garantias, esperam o melhor de nós.

Isso acontece aqui. Claro que há crimes e vários problemas. Mas cenas como estas de Colchester nos faz pensar sobre o que realmente significa a capacidade de sermos fraternos.

Um comentário:

  1. Lili consegui ler todos os teus blogs.Cada um que leio, fico mais encantada com a leveza que escreves.os assuntos brotam com muita naturalidade.Cada vez fico mais tua fã.

    ResponderExcluir