Andrey Khritin 123RF
Li uma história curiosa na edição inglesa da Marie Claire. Um fotógrafo inglês foi morar e trabalhar na Colômbia. Conheceu uma moça de 25 anos na fila do ônibus, conversaram durante o percurso e dali iniciou um namoro. O objetivo principal do fotógrafo era registrar as imagens dos confrontos daquele país, protagonizados por dois grupos terroristas: as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC).
Após meses de relacionamento, a colombiana confessa que é uma assassina profissional das AUC. O inglês, apaixonado, não se desestabilizou de imediato com tal informação. Todavia, um tempo depois, para resumir a história, ele decidiu deixar o país e a namorada, visto que ela não mudaria de vida e tudo aquilo era muito perigoso.
Mantiveram contato por email até que houve um silêncio por parte da moça. Preocupado, ele voltou à Colômbia para saber o que havia acontecido. Descobre que ela namorou um soldado do governo colombiano, após o rompimento de ambos. Vista como uma suposta informante, o próprio grupo para qual ela trabalhava, as AUC, resolveu matá-la.
Logo depois, ele teve mais informações sobre a ex-namorada: ela era assassina há mais tempo do que havia lhe dito e tinha matado mais pessoas do que teria assumido anteriormente. Ela contou seu segredo a ele, mas evitou detalhes que o tornasse ainda mais chocante. Enfim, uma triste história.
Segredos são coisas que conhecemos ainda criança. Quem não se lembra de uma amiga ou um amigo chegar e perguntar: “tenho uma coisa para contar, mas tu não podes contar para ninguém!”.
Há segredos e segredos. Há aqueles sérios e que merecem respeito e há aqueles bobos que até esquecemos. De modo geral, quem comete algo que fica secreto carrega uma culpa, aliviada, ao compartilhar o ato cometido ou seja lá o que for. Daí que comumente, muitos segredos perdem seu estado de privado, secreto.
Ganham público quando deveriam ter ficado entre duas pessoas ou pouco mais ou apenas com uma pessoa. Alguns são bem vindos, como os que envolvem corrupção, por exemplo. Outros poderiam ser descartados, já que não nos interessam, ou não deveriam interessar a ninguém; assunto íntimo, em que saber não é apenas saber, é invasão.
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