Igor Korionov 123RF
Este ano muitas coisas vão acontecer. Até aí nenhuma novidade. Sabemos que todos os anos, diariamente coisas acontecem. Na agenda de 2010, há dois eventos importantes que vão chamar a nossa atenção: a Copa do Mundo, com sede na África do Sul, e as eleições no Brasil.
Futebol é o ópio do povo brasileiro, não só do nosso, claro. Mas aqui é muito forte. Meia hora antes do início de um jogo da Copa, a cidade já fica vazia. As escolas dispensam seus alunos mais cedo, assim como ocorre no comércio em vários lugares. Todos em uma só corrente pela vitória do Brasil. Além de ser um período de euforia é também de alienação.
Eleições, neste ano, para presidente, governador, senador e deputados, federal e estadual não levantam, infelizmente, a maior parte da galera. Um número significativo de pessoas vota porque é obrigatório e o fazem sem qualquer entusiasmo.
A política, no Brasil, está em baixa. Ou melhor, os políticos. Escândalos de corrupção ocupam nossos jornais com regularidade e nos fazem crer que tudo é só sujeira. Devemos acreditar que nem tudo é, mas nem sempre é fácil.
Comentamos com muito mais vontade sobre a Copa do que sobre os candidatos nas eleições. Entusiasmamo-nos muito mais com jogadores correndo atrás de uma bola do que com debates acerca de nosso futuro, do que será o Brasil nos próximos anos, o lugar que moramos.
Dá para compreender, afinal de contas, o futebol nos dá mais alegrias que muitos políticos que estão por aí. Contudo, não podemos deixar de nos preocupar com o desânimo geral a respeito da política. Mediante ela que vivemos. É preciso ficar claro que as decisões políticas não são de âmbito exclusivo dos engravatados. É um campo de todos nós. Por isso, precisamos estar mais inteirados do que acontece politicamente. Reconheço que para isso precisamos de paciência e chá de camomila.
Torcemos por sucesso não apenas na Copa do Mundo, mas também nos jogos das eleições.
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