sábado, 23 de janeiro de 2010

Impostos


程 æ‰ 123RF

“É um convite para não pagar”, essa foi a frase que ouvi de um bancário quando fui pagar várias contas anuais que têm relação com a minha profissão. São impostos e pagamentos a conselhos e etc. Lógico que paguei, mas não é fácil.

Pior ainda é quando penso no imposto de renda. Percebo o quão pode ser triste ser honesto. Eu pago, não sonego, não enrolo. Mas dói.

Dói porque parece que nosso dinheiro vai direto para os bolsos errados. Não vejo a saúde e a educação, por exemplo, como deveriam ser e muitas outras áreas também. Sei que o que escrevo em nada é novo, mas não podemos desistir de reclamar.

Se desistirmos, o que será de nós? Assim, não posso deixar de pagar as minhas contas, sejam elas impostos ou de outra natureza. Mesmo não entendendo exatamente o porquê delas.

Lembro agora de uma escocesa muito próxima, quando morei na Inglaterra. Ela pagava vários impostos, alguns saíam direto de seu salário na universidade, onde era professora. Queixava-se disso. Mas quando penso nesse caso, lembro que na Inglaterra você tem a saúde de graça e de boa qualidade. Você chega ao posto, no qual você já tem prévio registro, perto da sua casa, chega lá e marca o atendimento que poderá ser, com facilidade, no mesmo dia.

Vivi esta experiência, e no meu caso, nem houve registro anterior. Nem foi pedido documento ou passaporte, nada, apenas o preenchimento de um formulário. Em uns vinte minutos, a médica apareceu.

Outro fator animador no caso dos altos impostos ingleses: não há praticamente pedágios nas estradas e todas estão em perfeito estado e sempre em manutenção para assim permanecerem. Não andei por toda a Inglaterra, mas conheci vários lugares e passei por apenas uma cancela.

Sei que nem tudo são flores, mesmo lá. Por exemplo, as universidades são todas pagas, não há gratuitas. Você precisa de um planejamento desde as fraldas para custear os anos universitários. Mas vale a pena pagar impostos onde as coisas de fato funcionam.

São coisas do “primeiro mundo”, eu sei, mas é compreensível eu querer que cheguemos lá, não? Sem tanta espera nos hospitais, em que pessoas morrem porque seu número na fila não chegou.

Sempre quando chega o momento de pagar as contas, principalmente os impostos, que ainda faltam uns meses para serem pagos, sinto indignação por contribuir e pouco ver bons frutos dele.

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