sábado, 30 de janeiro de 2010

Viver a vida


Olga Drozdova 123 RF


Há um tempo, quando ainda estava na Inglaterra, escrevi a respeito da novela de Manoel Carlos que está no ar. Havia dito que falava sem muita propriedade, afinal eu não a via, seguia apenas as pistas dadas por diversas fontes.

Agora, uma vez que outra a assisto. Não paro tudo para me pôr em frente à televisão, mas às vezes dá certo de eu querer ficar sem fazer nada e a televisão estar ligada em “Viver a Vida”. Acho muitas cenas chatinhas, com diálogos ralos e tudo meio manjado.

A parte alta da trama, para mim, é o diálogo entre mãe e filha, protagonizadas por Lília Cabral, sempre fantástica, e Alinne Moraes, que também está bem em seu dramático papel. Vejo com beleza as palavras de apoio e carinho recíprocas entre ambas.

A mãe oferecendo suporte à filha, que ficou recentemente tetraplégica. A filha, grata, servindo de mola propulsora para a mãe seguir a vida após o fim de seu casamento. Uma relação de amor e solidariedade entre mãe e filha.

Há núcleos menores, que não sabemos o que estão fazendo ali, mas, pelo menos, esta dupla acertou o tom. Outros personagens interessantes são os do núcleo médico e os gêmeos, vividos por Mateus Solano.

Criticamos, podemos desligar a televisão. Mesmo que não sejamos fãs de carteirinha, sempre sabemos alguma coisa das novelas por ser um elemento cultural nosso muito forte. Mesmo que ela não seja exatamente como a gente quer.

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